Foi após o início da Primavera e no âmbito da iniciativa “Rota dos Sabores”, organizada pela Câmara Municipal de Évora, que o Centro de Artes Tradicionais organizou três visitas temáticas, com a participação de personalidades ilustres da cidade de Évora.
A primeira visita decorreu a 27 de Março. Dedicada às características arquitectónicas do Celeiro Comum e da sua história, o Dr. Manuel Branco explicou entusiasticamente o porquê deste edifício. Para quem não pôde estar presente, apresento aqui um pequeno resumo do que foi dito:
O Celeiro Comum é criado com a finalidade de armazenar trigo para a época de crise, evitando a carência de bens alimentares, por isso é encarregue de comprar trigo na época da colheita, quando é mais barato. Vendia também o trigo um vintém mais barato. O Celeiro Comum servia igualmente como o depositário do trigo dos órfãos e o trigo das capelas.
O edifício que alberga hoje o actual Centro de Artes Tradicionais foi do primeiro Celeiro Comum instituído em Portugal, sendo o segundo Beja, o terceiro Moura e no Alentejo, o quarto Grândola.
A instituição que gere o Celeiro Comum acaba por perder pujança no século XIX, com a transferência para os bancos agrícolas, motivo pelo qual esteve projectada uma prisão para este espaço.
Amanhã, retomo este tema, referindo as características arquitectónicas do edifício, que foi igualmente explicado pelo historiador eborense, Dr. Manuel Branco.
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