A lã virgem é cardada com uma cardadeira, passada na roda de fiar, lavada com sabão azul e branco e água. Na roda de fiar enrolo a lã no carreto e a seguir é feita em meada no sarilho. Posteriormente é lavada.
Pode ficar com a sua cor natural ou fazer tintagem vegetal, através de folhas de plantas como o aloendro, laranjeira, limoeiro, alecrim, esteva, etc. que são coadas para um recipiente onde se mergulha as meadas de lã.
Esta mistura permite fazer cores que variam entre os verdes e os amarelos. Para conseguir tons azuis é necessário a utilização de produtos químicos como o indigo, que é aplicado com sal e vinagre que servem de fixador.
O algodão é trabalhado na urdideira e o fio é introduzido no tear, designado por “teia”. É montada no orgão do tear onde se faz a “remissa” – um fio passado pelo “olhal” do “liço”.
As meadas são transformadas em canelas para serem introduzidas na lançadeira do tear, que abre e cala, ao passar a lançadeira faço o desenho que pretendo. Este também depende do tipo de pedalagem adoptado por mim.
Maria do Carmo Grilo, 2002
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