O artesanato utilitário do Alentejo Litoral combina os recursos locais e os saberes tradicionais, destinando-se exclusivamente à satisfação das necessidades da comunidade rural.
É o caso do abegão e do tanoeiro de Santiago do Cacém; do oleiro, do latoeiro/arameiro; do cadeireiro e do empalhador de garrafões; do esteireiro ou dos cesteiros.
Os cestos em fibras vegetais foram os recipientes utilizados no transporte de materiais sólidos até à generalização do plástico. Nesta função, assumiam vantagens sobre a bilha de barro ou a celha de madeira, por serem mais leves e inquebráveis.
Para além da representação caricatural de personagens e tipos do meio rural em barro (o médico ou o vizinho; o baile ou a tourada) e da arte criada pelos pastores locais, minuciosa e satírica, as artes de embelezamento estão também presentes nesta região – estes trabalhos manuais contribuem para criar na casa alentejana maior comodidade e harmonia.
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