Miniaturizar o real define-se como um acto comum a todas as culturas, sob a forma de representação de memórias quotidianas e signos, numa escala facilmente apreensível e manipulável.
O trabalhador rural ou artífice idoso, encontra-se com as suas vivências na construção de miniaturas, expressando, através delas, memórias e sentimentos ligados a toda uma vida de trabalho e ao seu próprio imaginário.
Ao fazer miniaturas de alfaias e de cenas da vida rural, o artesão revive e revisita o passado, esforçando-se por representá-la com toda a perfeição e realismo, mesmo que a sua execução demore « toda uma vida».
Por todo o concelho de Santiago do Cacém, podemos apreciar exemplos de excepcional qualidade fabricados em madeira e cortiça, esculpidos ou recordados a canivete.
Tratam-se de formas de expressão que representam memórias únicas e irrepetíveis.
Citado de: Palmo a Palmo, Santiago do Cacém, C.M. Santiago do Cacém/ DDET, 2ª. Edição, Agosto de 2004.
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