A segunda visita temática, realizada no dia 24 de Abril, ficou a cargo do Dr. Joaquim Caetano, Director do Museu de Évora, melhor do que ninguém para nos apresentar com detalhe o tema desse dia “As peças do Museu de Évora em exposição no Centro de Artes Tradicionais”.
A primeira peça, que está na imagem, foi o Bispote, diminutivo de bispo, este é um bacio mais elevado do que o normal. Esta peças por vezes era adaptada a cadeiras ou arcas.
Durante o Renascimento, a individualização dos espaços tornou-se mais maleável, essencialmente os espaços, transformados numa corte com um vida itinerante, eram constituídos por 3 divisões: câmara, re-câmara e retrete.
Uma outra peça, a lavanda, é o exemplo de uma tentativa de cópia da porcelana que havia na Europa. Deveria ter um gomil, para completar o conjunto.
Também a lavanda é demonstrativa de uma sociedade hierarquizada, tal como no bispote, onde era obrigação dos escravos deitar fora o conteúdo destes vasos, também quem lava as mãos do senhor é o criado.
Esta ritualização de hábitos públicos, que mostrava a grandeza de quem os praticava, vem do tempo da organização palatina.
Por fim, o conjunto de duas passadeiras e um tapete de Arraiolos, datados da 2ª. metade do século XVIII, provenientes do Seminário de Évora, demonstram o gosto neo-clássico da época, com um desenho floral mais simplificado, tem um enquadramento das flores simétrico. Este modelo orieantalizante foi-se perdendo.
Um tapete constrói uma arquitectura, marca um espaço, coloca-se aos pés da cama, ou na escada de altar. Também os tapetes eram oferecidos em dotes, ou ofertas diplomáticas, devido ao seu elevado valor.
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