Como na próxima sessão de Artesanato ao vivo vão ser executados este tipo de peças, aproveitamos esta oportunidade para divulgar no blogue alguns chocalhos da colecção do Centro de Artes Tradicionais.
De forma a melhor compreender o seu processo de fabrico, hoje publicamos uma imagem de um Chocalho embarrado, com o número de inventário CAT 195.MET. Da autoria de João Chibeles Penetra (n. 1926), chocalheiro das Alcáçovas e fundzador do Museu do Chocalho na localidade, esta peça data dos anos 80.
Após a fase de corte e de enrolamento (o processo de moldar chama o chocalheiro de enrolamento) estar completa, inicia-se a fase de embarrar o chocalho. Este é envolto por uma mistura de barro amassado de saibro (argila com mistura de areia e pedras) misturado com moinha (fragmentos miúdos de palha que ficam na eira depois da debulha dos cereais, actualmente isso já não acontece e o artesão compra a palha e manda-a para um triturador para ficar o tamanho conforme se quer) que tem a finalidade de não deixar gretar o barro e de conseguir aguentar o calor da forja.
O chocalheiro põe o barro seco num barreiro com água, abrindo sulcos e põe-o em lama, levando-o para a pedra de amassar o barro, e conforme a sua quantidade, idêntica é a quantidade da moinha. O barro espalma-se de modo a cobrir por completo o chocalho em bruto, colocando-se no seu interior pequenos pedaços de latão, que são distribuídos pelas duas faces. Este metal é que vai soldar o chocalho e cobrear.
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