Numa chapa de ferro polido riscam-se vários chocalhos com o mesmo tamanho. Depois de cortados os vários rectângulos, são talhados.
O chocalho é enrolado com um martelo, bigorna, e a força das mãos. Seguidamente fazem-se outras componentes do corpo do chocalho – asa, céu, batente com os instrumentos anteriormente referidos. Em seguida, utiliza-se o barro que é derregado e amassado com palha triturada, que se designa moinha. Esta serve para embarrar o chocalho, corta-se o latão para ser colocado e entre a pasta e o chocalho, que tem de enxugar muito bem para que não fique com humidade, o que pode demorar uma a duas semanas.
Quando está bem seco vai ser soldado, a fusão do latão com a chapa de ferro permite soldar as costuras, dar consistência à chapa, além de dar cor ao chocalho. Para isso a chapa de ferro tem de ficar ao rubro. É retirado o chocalho e rebolado no chão em cima do cisco de forma a que o latão , enquanto está liquido cubra todo o chocalho, sem ficar demasiado retido na boca.
O chocalho é mergulhado em água. Parte-se o cuscumalho, e vai a afinar na bigorna com o martelo através de pancadas até chegar ao som pretendido. A afinação consiste na obtenção máxima do som que cada chocalho dá. A fase final consiste no polimento do chocalho para puxar o brilho, na colocação do badalo de madeira e da coleira, feita em pele de vaca, que é fixa por uma fivela em latão. Se o chocalho tiver mais de 25 cm o artesão coloca a sua marca, ou a do cliente no caso dele a fornecer.
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