quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cantigas de Pedro Mestre

A aprendizagem de Pedro Mestre

Pedro Mestre nutre um enorme gosto pela música tradicional alentejana, devido ao facto de ouvir a sua mãe cantar modas alentejanas. Aos 10 anos entrou para o Coral Infantil “Os Carapinhas” e, aos 12 anos, aprendeu a tocar viola campaniça com o mestre Francisco António (mais conhecido por Chico Bailão).
Aos 13 anos ingressou no Coral Masculino “Os Ganhões” e um ano mais tarde assumiu o cargo de Mestre Ensaiador do mesmo grupo.Em 2001, foi fundador de dois grupos corais da freguesia de Santa Bárbara de Padrões: Grupo Coral e Etnográfico “Os Cardadores” e Grupo Coral e Etnográfico “As Papoilas”, sendo também o mestre Ensaiador dos mesmos.
Em 2002, assume o lugar do seu mestre – Chico Bailão –, dando continuidade ao Grupo de Violas Campaniças de Castro Verde, no qual fica a tocar com o mestre Manuel Bento. Neste ano também se dedica à construção de Violas Campaniças, que aprendeu a construir com o artesão Amílcar Silva. Em 2003, fundou, na Aldeia da Sete, a Associação de Cante Alentejano “Os Cardadores, com o objectivo de preservar os usos e costumes do concelho de Castro Verde. Neste ano e, em 2004, foi formador na Escola/Oficina de Violas Campaniças, dinamizada pela Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde. Em 2007 foi participação especial no espectáculo multicultural, “O Homem que À Terra Canta”, no IV Encontro de Culturas de Serpa (Portugal), que reuniu artistas de Portugal, Brasil, Espanha e Cabo Verde. Em 2007 lançou ao lado do Violeiro do Brasil Chico Lobo o Cd 'Encontro de Violas – Viola Campaniça e Viola Caipira" – trabalho inédito no mundo e que demonstra como duas culturas podem interagir pelas cordas das violas"Nos anos lectivos 06/07 e 07/08 foi animador de música tradicional/cante alentejano, na disciplina de música tradicional/cante Alentejano nos quatro anos de escolaridade dos alunos das escolas do 1º ciclo do ensino básico, do concelho de Almodôvar.
Pedro Mestre já editou vários trabalhos de grupos corais, dos quais é Mestre e mantém actualmente como ninguém a tradição do toque da viola campaniça, efectuando espectáculos por todo o País e no estrangeiro. Para além disto, também é artesão e preside uma das maiores associações do concelho de Castro Verde, a ACA Os Cardadores.
Actualmente, Pedro Mestre apresenta a viola campaniça em três formas: uma com o Grupo de Violas Campaniças, acompanhado de vozes femininas, outra acompanhando improvisadores do cante de despique e baldão e, outra ainda, apresentado modas campaniças a solo, acompanhado por outros instrumentos (viola ritmo, viola baixo e precursão).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A viola campaniça

A viola campaniça tem uma cintura muito acentuada, muito delicada, que forma um oito, e uma sonoridade muito doce e característica. Tem cordas em aço, por vezes em latão, é dedilhada com o polegar da mão direita e ponteada segundo uma técnica que é diferente de todos os outros instrumentos.

Citado de: http://pedromestrecampanica.blogspot.com/

Pedro Mestre e as suas violas campaniças

domingo, 27 de setembro de 2009

Dia Internacional do Turismo de 2009

O Dia Mundial do Turismo, a 27 de Setembro, dia instituído em 1980 pela Organização Mundial do Turismo - OMT é dedicado este ano ao tema “Mudanças Climáticas: o turismo em busca da Ecoeficiência”.
O principal objectivo do Dia Mundial do Turismo é promover o conhecimento para a comunidade internacional sobre a importância do turismo, os seus valores sociais, culturais, económicos e políticos, cuidando ainda dos impactos causados pela actividade, além de se observar a importância na resolução dos problemas relacionados à igualdade social.
Como o Centro de Artes Tradicionais está encerrado aos domingos para descanso do pessoal, esta iniciativa é lembrada entre os nossos visitantes na véspera e no dia posterior, 26 e 28 de Setembro, com a entrega de uma mensagem da Organização Mundial do Turismo.

sábado, 26 de setembro de 2009

HOJE À TARDE
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VIOLAS CAMPANIÇAS
ALTOS CAMPANIÇAS BRATSCHEN CAMPANIÇAS VIOLE CAMPANIÇAS

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS CELEBROU MAIS UM ANIVERSÁRIO

O Centro de Artes Tradicionais de Évora celebrou ontem, dia 21 de Setembro, o seu segundo aniversário, ao organizar a conferência “A Evolução dos Bordados e Barros de Nisa – Ponto por Ponto, Pedra por Pedra”, proferida pela Dra. Carla Sequeira, técnica superior do Museu do Bordado e do Barro de Nisa.

A Dra. Carla Sequeira destacou o ponto “caramelo”, que teve origem em Itália no século XVI, como a base dos alinhavados de Nisa, assim como, a técnica das aplicações em feltro, cujos trabalhos em faixa são provenientes da Beira Baixa.

Sobre a olaria pedrada de Nisa ficou-se a saber que todas as peças possuem um desenho simétrico na sua decoração. Os motivos dos girassóis, corações, espiga de milho e “cobrinhas” estão presentes nas diferentes tipologias de pedrado: Pedrado de 1.ª - onde a decoração da peça é muito trabalhada, Pedrado de 2.ª, as peças apresentam um desenho mais simples e Pedrado de 3.ª ou Pedrado antigo, característico por ter um desenho mais aberto.

Seguiu-se à conferência uma visita à exposição temporária, dedicada ao Artesanato de Nisa, onde foram explicadas as diferentes técnicas com mais pormenor. Na assistência estiveram presentes artesãos, representantes da Câmara Municipal de Nisa, da Associação de Artes e Ofícios de Évora, da Direcção Regional da Agricultura e Pesca de Évora, do Governo Civil de Évora, assim como professores, estudantes universitários, guias turísticos, coleccionadores, entre outros.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Castelo de Marvão reproduzido por Nelson Ramos

Hoje publicamos algumas peças criadas pelo escultor Nelson Ramos, residente em Marvão, que gosta de reproduzir o famoso castelo desta localidade
Executando placas de madeira com vários motivos, desde monumentos, cristos, etc. o artesão que esteve presente no passado dia 19 cria de tudo um pouco. Quem desejar encomendar uma peça deste tipo basta enviar um email ao artesão talhanelsonramos@sapo.pt

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pedro Mestre e as suas violas campaniças

Não tendo comparecido o mês passado por motivos inesperados, Pedro Mestre vai participar na sessão de 26 de Setembro, através da execução de violas campaniças.
Artesão e tocador, Pedro Mestre é responsável por oficinas e workshops de música tradicional alentejana. Procurando revitalizar a viola campaniça, executa as próprias violas que toca, com o objectivo de preservar os usos e costumes do concelho de Castro Verde.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS CELEBRA O SEU 2.º ANIVERSÁRIO

No sentido de comemorar o segundo aniversário do Centro de Artes Tradicionais, vai realizar-se neste local no dia 21 de Setembro, às 16.30 horas, a conferência “A Evolução dos Bordados e Barros de Nisa – Ponto por Ponto, Pedra por Pedra”. Apresentada pela Dra. Carla Sequeira, técnica superior do Museu do Bordado e do Barro de Nisa, seguir-se-á uma visita à exposição temporária, dedicada ao artesanato de Nisa. A entrada é livre, sendo apenas necessário inscrição prévia por haver o limite máximo de 20 participantes. Inaugurado em 2007, o Centro de Artes Tradicionais atingiu já os 18.500 visitantes, na sua maioria portugueses, que tiveram a possibilidade de conhecer a exposição permanente designada “Marcas de Identidade” e várias exposições temporárias que têm decorrido ao longo do tempo, inclusivamente, a actual exposição, intitulada “Artesanato de Nisa – Ponto por Ponto, Pedra por Pedra”, que está patente ao público até ao dia 8 de Dezembro. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo tem assim ao longo destes dois anos incentivado a divulgação do artesanato, como elemento da oferta turística da região, ao promover neste espaço cultural não só exposições de diferentes temáticas, como outras actividades, desde ateliers para crianças do pré-escolar, sessões de artesanato ao vivo, visitas guiadas a conferências.

domingo, 20 de setembro de 2009

Centro de Artes Tradicionais adere ao Facebook

Faz hoje dois anos que o Centro de Artes Tradicionais foi inaugurado com pompa e circustância! Para celebrar o nosso 2.º Aniversário aderimos à rede Facebook, como uma forma de nos aproximarmos dos nossos visitantes e artesãos!

Visite-nos em http://www.facebook.com/profile.php?id=100000248628489&ref=name

Se preferir venha assistir amanhã à tarde, pelas 16.30 à conferência proferida pela Dra. Carla Sequeira sobre "A evolução do bordado e do barro de Nisa - Ponto por Ponto, Pedra por Pedra". Celebre connosco os dois anos de abertura oficial ao público do Celeiro Comum!

sábado, 19 de setembro de 2009

A aprendizagem de um escultor de madeira do castanheiro

Nelson Ramos, nascido em 1973 em Faro, rendeu-se à beleza da Vila de Marvão e trocou o Algarve pelo Alto Alentejo.
É um artista autodidacta, sendo a sua grande motivação o gosto de trabalhar a madeira gostando especialmente de elaborar trabalhos que tenham a ver com sentimentos. Desde muito cedo, com cerca de 5 anos de idade, que Nelson Ramos começou a ter gosto por trabalhos manuais.
Adorava pintar, moldar figuras de barro, fazer esculturas na areia da praia. Não possuindo nenhuma formação na área de talha em madeira foi inicialmente uma ocupação para os seus tempos livres. A partir dos 20 anos dedicou-se ao trabalho da talha de uma forma mais séria. Decidido a aprofundar o seu conhecimento na arte da madeira frequentou um curso de carpintaria / marcenaria e de restauro de móveis. Neste curso aprendeu várias técnicas que lhe permitiram restaurar mobiliário e obras de arte antigas, assim como realizar trabalhos em talha de madeira com uma qualidade superior aos antigos realizados.
Apesar de gostar de criar a partir da sua própria inspiração, dá-lhe um especial gozo conseguir captar as motivações e os sentimentos que se escondem nos trabalhos que lhe são encomendados.
HOJE À TARDE
ARTESANATO AO VIVO
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ESCULTURA EM
MADEIRA DE CASTANHEIRO
SCULPTURE CHESTNUT SCULPTURE DE CHÂTAIGNIER
ESCULTURA DE CASTAÑO SKULPTUR KASTANIEN SCULTURA DI CASTAGNO

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amanhã à tarde sessão de artesanato ao vivo com Nelson Ramos

Amanhã à tarde, a partir das 15 horas, Nelson Ramos, residente em Marvão, vai estar presente nas Sessões de Artesanato ao Vivo do Centro de Artes Tradicionais e executar peças em madeira de castanheiro.
Até lá, publica-se um pequeno texto no nosso blogue sobre o percurso do artesão, escrito pelo próprio. Nelson Ramos, nascido a 21/03/1973, no Hospital velho da Sé de Faro. Recentemente rendeu-se à beleza da Vila de Marvão e trocou o Algarve pelo Alto Alentejo. É um artista autodidacta, sendo a sua grande motivação o gosto de trabalhar a madeira gostando especialmente de elaborar trabalhos que tenham a ver com sentimentos. Desde muito cedo, com cerca de 5 ou 6 anos de idade, que Nelson Ramos começou a ter gosto por trabalhos manuais. Adorava pintar, moldar figuras de barro, fazer esculturas na areia da praia. Não possuindo nenhuma formação na área de talha em madeira foi inicialmente uma ocupação para os seus tempos livres. A partir dos 20 anos dedicou-se ao trabalho da talha de uma forma mais séria. (...) Decidido a aprofundar o seu conhecimento na arte da madeira frequentou um curso de carpintaria / marcenaria e de restauro de móveis. Neste curso aprendeu várias técnicas que lhe permitiram restaurar mobiliário e obras de arte antigas, assim como realizar trabalhos em talha de madeira com uma qualidade superior aos antigos realizados. Apesar de gostar de criar a partir da sua própria inspiração, dá-lhe um especial gozo conseguir captar as motivações e os sentimentos que se escondem nos trabalhos que lhe são encomendados.
Para mais informações consultar o blogue http://www.talhanelsonramos.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Olaria Pedrada do casal Pequito

António e Joaquina Pequito, um casal de artesãos de Nisa, estiveram presentes no CAT a 22 de Agosto a executar olaria pedrada.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

ARTESANATO DE NISA
PONTO POR PONTO
PEDRA POR PEDRA
Patente ao público no Centro de Artes Tradicionais até 8 de Dezembro

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Venha celebrar connosco o nosso 2.º Aniversário!

Inaugurado a 20 de Setembro de 2007, o Centro de Artes Tradicionais/ Antigo Museu do Artesanato de Évora comemora no dia 21 de Setembro, o primeiro dia de abertura ao público, dois anos de existência!
Para comemorar a efeméride vai decorrer neste dia a conferência “A evolução dos bordados e barros de Nisa - Ponto por Ponto, Pedra por Pedra" às 16h30, que será apresentada pela Dra. Carla Sequeira, Técnica Superior do Museu do Bordado e do Barro de Nisa.
Para participar nesta iniciativa, basta fazer a sua inscrição directamente no Centro de Artes Tradicionais. Tem até à véspera para o fazer!! O número máximo de participantes é de 20 pessoas e a entrada é livre.
Para mais informações e inscrições contactar: Centro de Artes Tradicionais Largo 1.º de Maio, n.º 3 - 7000-650 Évora Telefone – 266 77 12 12 Fax – 266 730 450 Email – cat.celeirocomum@turismodoalentejo-ert.pt

Esculturas de Marvão na próxima sessão

A 19 de Setembro Nelson Ramos vem a Évora participar nas Sessões de Artesanato ao Vivo e mostrar aos nossos visitantes esculturas em madeira de castanheiro.
Este jovem escultor e restaurador da vila de Marvão, zona rica em castanheiros, dedica-se à arte sacra talhada e execução de brasões, relógios, placas e esculturas em madeira de castanheiro e não só.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Como se borda um Tapete de Arraiolos

Pequeno filme feito durante a sessão de Artesanato ao Vivo de 29 de Agosto, a uma representante da casa de Tapetes de Arraiolos Lóios, enquanto bordava um tapete modelo "Espírito Santo".

domingo, 13 de setembro de 2009

Tapetes de Arraiolos

A 29 de Agosto a Casa de Tapetes de Arraiolos Lóios esteve presente numa Sessão de Artesanato ao Vivo com a D. Maria José, artesã nos seus tempos livres, que aprendeu esta arte em criança com familiares na vila de Arraiolos.
D. Maria José esteve a bordar o fundo do tapete denominado de "Espírito Santo", ou seja, a "preencher", trabalho que a artesã diz que gosta menos de fazer por ser mais monótono.
O tapete na imagem é uma cópia do século XVIII e um dos truques que a artesã nos ensinou é que a linha de bordar não deve ser muito comprida, porque isso obriga a esticar muito, apertando muito os fios, o que causa um tapete "abaulado".

sábado, 12 de setembro de 2009

HOJE À TARDE
ARTESANATO AO VIVO
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OLARIA EGÍDIO SANTOS
POTTERY EGÍDIO SANTOS POTERIE EGÍDIO SANTOS EGÍDIO SANTOS CERÁMICA
KERAMIK EGÍDIO SANTOS SANTOS CERAMICA EGÍDIO

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

2.º ANIVERSÁRIO DO CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS

21 / 09
Conferência
“A evolução dos bordados e barros de Nisa - Ponto por Ponto, Pedra por Pedra”
Dra. Carla Sequeira
16h30m Inscrição gratuita Número máximo de participantes: 20 pessoas

Olaria de São Pedro do Corval

Como a olaria de S. Pedro do Corval constitui um autêntico espelho da vida rural, através de um espírito muito próprio, o Município de Reguengos de Monsaraz aposta no desenvolvimento sustentado deste Centro Oleiro pelo que registou no ano de 2008, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, as marcas nacionais “Olaria de São Pedro do Corval” e “Olaria" para os seguintes produtos e/ou serviços: argila de oleiro, tijolos, barro para tijolos, utensílios de cozinha, loiça de barro vidrado, loiça não em metais preciosos, tigelas e utensílios de uso doméstico não em metais preciosos, recipientes para o uso doméstico ou para cozinha não em metais preciosos.
Venha assistir na tarde de 12 de Setembro à execução de peças de cerâmica pelo jovem oleiro Egídio Santos.
Citado de:http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/conteudos/noticias/notas+de+imprensa/maior+centro+oleiro+do+pais+torna-se+capital+iber.htm

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Olaria de São Pedro do Corval presente no próximo sábado

No sábado 12 de Setembro, a Olaria Egídio Santos vai estar presente na sessão de Artesanato ao Vivo no Centro de Artes Tradicionais, em Évora. Aproveitamos esta oportunidade para publicar aqui um pouco sobre a história deste centro oleiro.
S. Pedro do Corval é considerado o maior do país com 26 olarias em actividade que continuam a pintar os motivos típicos do Alentejo. A olaria de S. Pedro do Corval data a sua existência, ao menos, do período da dominação árabe, conforme o atesta o teor do Foral Afonsino outorgado a Monsaraz em 1276, mas também, a linguagem e a terminologia muito próprias ainda em uso.
Em S. Pedro do Corval podem ser encontradas as mais belas e formosas peças de barro, trabalhadas por habilidosos artesãos que assim continuam uma tradição multissecular de fabrico de louça tosca, vidrada e decorativa, de extraordinário valor estético e etnográfico. Artesãos que dão provas da sua arte aproveitando os magníficos barros das herdades vizinhas da Revilheira, da Folgoa, do Duque e de Avieiros, conjugando, assim, as matérias-primas que os recursos naturais ainda oferecem.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

12 de Setembro - Olaria de S. Pedro do Corval

No próximo sábado irá estar presente nas "Sessões de Artesanato ao Vivo do Centro de Artes Tradicionais" um jovem casal do maior centro oleiro do país - São Pedro do Corval - Egídio Santos, que aprendeu com o seu pai, Teodósio Santos, na Olaria Patalim. Há poucos anos criou a sua própria olaria em S. Pedro do Corval, produzindo todo o tipo de loiça utilitária e decorativa, com a ajuda da sua esposa.

Cafeteira

Com o nº. de inventário CAT 222.MET, apresentamos hoje mais uma peça de metal do espólio do Centro de Artes Tradicionais.
Esta cafeteira de base circular, vai estreitando ligeiramente até ao bordo, que é saliente. Possui uma tampa, também circular, e tem uma pega semicircular ao centro, com as laterais dobradas. A asa, semicircular, foi fixa ao bordo. Esta é de latão e apresenta volutas na extremidades, onde por sua vez foi fixa a uma pequena asa circular, pregada e soldada à peça. Também uma asa lateral foi soldada à peça, entre o bordo e o bojo, apresenta na parte superior uma folha, dobrada a forrar o seu interior.
O aparecimento de folhas metálicas representou uma revolução, ao permitir confeccionar artefactos leves e resistentes que rapidamente vieram substituir os até então produzidos em barro ou madeira.A folha de Flandres, ou chapa zincada, adaptáveis à satisfação de necessidades com determinada especificidade como objectos domésticos ou artigos agrícolas, tudo era executado pelos latoeiros.
A latoaria teve o seu auge antes do aparecimento de matérias-primas concorrentes como o plástico. A introdução deste novo material no mercado provocou uma crise no sector da latoaria, que deixou de ter capacidade para concorrer com uma produção industrializada, que coloca no mercado objectos similares, mais leves e duradouros, a preços reduzidos. Por isso, os actuais latoeiros sentem dificuldades em manter-se no ofício, sobrevivendo porque há artefactos tipicamente feitos neste material, ou porque alguns dos objectos utilitários do passado são actualmente procurados como artefactos decorativos (LIMA, 2001).

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Talha de azeite

Na colecção de metais do espólio do Centro de Artes Tradicionais existem bastantes peças em latoria, cuja autoria é desconhecida.
É o caso desta talha de azeite , com o nº. de inventário CAT 227.MET, uma peça de base circular, estreita na parte superior do bojo para dar origem ao gargalo, que apresenta um bordo saliente (assim como a tampa).
Toda a peça foi pintada de cor laranja. A decoração na talha é proporcionada através de seis anéis circulares no bojo da peça, e um a dividir o bojo do gargalo. Na parte inferior do bojo uma torneira (peça tubular que permite fechar, abrir ou regular o escoamento do líquido).
Em cada parte lateral duas asas circulares que baixam ao centro. A talha possui uma tampa circular, de forma cónica, agregada através de uma dobradiça em metal, na parte traseira da peça, e um fecho em latão colocado na sua face frontal.

domingo, 6 de setembro de 2009

Candeia

A candeia, com o n.º de inventário CAT 216.MET é um objecto de utilidade doméstica mas que também tem uma função decorativa. Pertencente ao espólio do Centro de Artes Tradicionais, esta candeia, descendente da lucerna, tem um reservatório, aberto, circular na base com um bico, onde a torcida aflora. É constituída por dois reflectores hexagonais em cima de uma haste vertical, possuindo no verso um gancho de braço para suspensão.
A peça que apresenta uma decoração na margem através de linhas salientes, tem autor desconhecido e está datada entre 1962 e 1986.

sábado, 5 de setembro de 2009

Hoje à tarde descubra peças de latoaria no Centro de Artes Tradicionais

A partir das 15 horas de hoje assista à execução de algumas peças em latoaria. Descubra qual destas peças que o Latoeiro Francisco Almeida vai criar: cilindros, cafeteiras, calhas para água de chuva, latas para mantimentos, baldes, regadores, chaleiras, lamparinas, candeias, baldes, canecas e tantos outros.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Como se faz uma peça de latoaria

A produção de objectos de folha de Flandres depende de uma série de operações de rebatimento e dobragem que, por vezes, exige pontos de solda, de peças previamente riscadas e cortadas a partir de moldes.
Assim, para se obter um objecto de latoaria procede-se, primeiramente, à riscagem da peça e consequente corte a partir de moldes. Seguidamente, efectuam-se os vincos e as dobras. Com a ajuda de uma bigorna estreita, bate-se a chapa com o maço de madeira e, finalmente, soldam-se os vários componentes.
Trata-se, portanto, de um processo de fabrico simples que requer do artesão mais habilidade manual do que, propriamente, a utilização de recursos técnicos ou ferramentas complexas.Deste modo, os instrumentos utilizados pelo latoeiro reduzem-se a uma tesoura para cortar a chapa, um maço de madeira ou "mascoto" para bater a folha, uma bigorna e uma trancha (para efectuar a curvatura das peças) e uma máquina de dobragem. Através deste processo de fabrico são feitos diversos objectos, nomeadamente candeias, candeeiros e lanternas que, antigamente, se distinguiam nas linhas de produção do latoeiro pela sua utilidade doméstica e mesmo profissional, e os regadores, que eram feitos em chapa zincada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Latoaria tradicional na próxima sessão de Artesanato ao Vivo

A tradicional arte da latoaria que, outrora, mobilizava muitos artesãos, os quais executavam uma gama variada de objectos em folha de Flandres foram muitos populares, na medida em que estavam bem adaptados à sua função na vida rural, num passado ainda recente.
Contudo, ainda que existam certas peças de latoaria que respondam às necessidades da vida rural e que continuam a ser fabricadas nalgumas oficinas, com a descoberta da electricidade, do plástico e da produção em série, muitos utensílios de folha de Flandres perderam a sua função inicial ou foram substituídos por outros.
Algunss artigos de latoaria ligados com as actividades rurais - a lata para conservação de chouriço, o funil para enchidos, a marmita para transporte de comida para o campo, o cântaro para água, a bilha para o azeite, a bilha para o leite , o funil para o vinho, as candeias e as lanternas ainda hoje são objectos usados na vida rural, mas com menor procura ao nível comercial.
A sua refuncionalização, como objecto de adorno, ou através das miniaturas, assegura a continuidade desta actividade artesanal, hoje em franco declínio.
Venha conhecer no Centro de Artes Tradicionais um dos poucos artesãos que trabalham em latoaria na região de Évora, no dia 5 de Setembro, a partir das 15 horas.
Citado http://arte-na-lata.blogspot.com/2007/08/latoaria-tradicional-heranca-de-portugal.html

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FRANCISCO ALMEIDA

O artesão que irá participar na próxima sessão de Artesanato ao Vivo, no sábado, dia 5 de Setembro, é natural de Reguengos de Monsaraz. Este idoso de 74 anos foi vendedor ambulante em toda a sua vida, tendo aprendido a trabalhar na latoaria com o seu irmão em S.Miguel de Machede, um verdadeiro mestre segundo Francisco Almeida, que desde novo trabalha nesta arte.
O senhor Almeida faz peças nos seus tempos livres e trabalha mais por encomenda, mas diz que nunca tirou proveito na venda de peças feitas em folha de Flandres, porque leva muito tempo a fazer e dá pouco dinheiro.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Programação das Sessões de Artesanato ao Vivo do mês de Setembro

5 DE SETEMBRO
Francisco Almeida
Latoaria
12 DE SETEMBRO
Egídio Santos
Olaria de São Pedro do Corval
19 DE SETEMBRO
Nelson Ramos
Esculturas em madeira de castanheiro
26 DE SETEMBRO
Pedro Mestre
Violas Campaniças