sábado, 7 de julho de 2012

ARTESANATO

Na caracterização sociológica actual do artesanato em Portugal, encontramos situações que já se vinham sentido nos anos 60, esta análise demonstra complexidade.
O fabrico manual de objectos utilitários e ou decorativos tem sido sujeito a duas tendências: a produção industrial em massa tornou obsoleto, do ponto de vista estritamente funcional, os objectos e processos de fabrico tradicional. A dominação cultural urbana tem também contribuído para afastar sobretudo as novas gerações do conjunto de referências materiais e simbólicas em que se inscrevia o artesanato rural. Do lado da produção parece assim assistir-se à decadência dos velhos ofícios, decadência de que são indicadores o envelhecimento progressivo dos artesãos, a sua fraquíssima escolarização, o abandono gradual da actividade, exercida cada vez mais apenas como complementar.
FONTE: Silva, Augusto Santos, Artes Tradicionais Portuguesas, 1987.

Projecto de Museografia do Centro de Artes Tradicionais

Desenho de Jorge Fragoso Pires


terça-feira, 1 de maio de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

sábado, 24 de março de 2012

A relação pedagógica entre os museus e as escolas defendidas em tese de doutoramento

Museus e Escolas: Os Serviços Educativos dos Museus de Arte Moderna e Contemporânea, um Novo Modo de Comunicação e Formação

Autora: Genoveva Oliveira
Data: 24 fev. 2012

Resumo: A parceria escola-museu é uma relação importante. A maioria das pessoas fazem a sua primeira visita a um museu com um grupo escolar e essas experiências iniciais ajudam a moldar as suas atitudes para com os museus. Esta parceria assume um novo significado à medida que a nossa sociedade expande a sua definição de “educação”para descrever um processo de desenvolvimento permanente de conhecimentos, competências e carácter que ocorre não apenas no espaço da sala de aula, mas numa variedade de contextos formais e informais.
 
Museus e escolas figuram nessa rede de aprendizagem e há muito que têm trabalhado juntos em direcção a metas comuns de educação. Esta tese de doutoramento focaliza a questão sugerindo que, para alcançar o potencial da parceria, os educadores do museu e os professores devem desenvolver uma compreensão mais aprofundada da natureza do ambiente do museu de aprendizagem, como ela difere da sala de aula e como as duas definições são complementares.
 
Fonte: nomundodosmuseus

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Visitantes do Centro de Artes Tradicionais em 2007

Setembro - 427 Outubro - 1149 Novembro - 1072 Dezembro - 700 Total - 3348

sábado, 19 de novembro de 2011

O Artesanato e a História do seu Museu

A sociedade rural, marcada pelos latifúndios do sul e o mundo das aldeias da outras zonas, foi confrontada, em especial desde os anos 60, com processos que modificaram os seus contornos e estruturas. A transformação tecnológica da agricultura e dos hábitos e consumos da população reflectiram-se também nos ofícios e tarefas do trabalhos agrícola e rural: os saberes técnicos tornam-se cada vez mais necessários e tendem a substituir os saberes tradicionais. Sendo o Alentejo, tradicionalmente, uma zona rica nesta área patrimonial e fecunda em artesanato, urgia a concepção de uma política de intervenção.
O GARDE - Gabinete de Artesanato Regional do Distrito de Évora - foi um organismo criado, na década de 60, pela Junta Distrital de Évora para funcionar como entreposto comercial, ou seja enquanto instrumento de ligação entre a oficina artesanal e o comerciante (especialmente o exportador), por forma a que a divulgação, embalagem e distribuição dos produtos originários da arte popular alentejana se processasse em termos de fomento e de incentivo.
Nesse sentido foram levados a cabo contactos e pesquisas - com instituições, artesãos, etc. - no intuito de promover o artesanato regional enquanto actividade económica ligada à exportação e ao turismo; para tal terá sido inaugurada, em 1962, uma exposição que terá dado início à colecção do futuro Museu de Artesanato Regional. Sete anos depois, a 23 de Dezembro de 1969, Eduardo Nery - à altura representante, em Portugal, do World Crafts Council, (UNESCO) - envia ao Presidente da Junta Distrital de Évora, Dr. Armando Perdigão, uma missiva no intuito de recolher informação acerca da: "(...) Exposição permanente de artesanato do Celeiro Comum de Évora, de que tive conhecimento através do Sr. Dr. Artur Nobre de Gusmão, da Fundação Calouste Gulbenkian (...)"; o principal objectivo deste contacto terá sido o levantamento de dados sobre a situação do artesanato português, para uma edição daquele organismo internacional. Em Janeiro de 1970, na resposta à dita missiva, encontramos informações elucidativas que nos permitem uma caracterização sumária do passado:
"Embora funcionando na mesma sala (Celeiro Comum) tivemos a preocupação de separar a parte artística da comercial (...)", ou seja, no mesmo espaço era possível encontrarmos, por um lado, o "(...) Gabinete de Artesanato Regional do Distrito de Évora (GARDE) (...) uma associação do tipo "Grupo dos Amigos do Artesanato" que se preocupa com os problemas da comercialização, exportação, embalagem, etc., tarefas de que a Junta não poderia legalmente ocupar-se (...)"e, por outro a " (...) Exposição permanente do Artesanato do Distrito funcionando a expensas da Junta Distrital (...) visando divulgar a nossa arte popular (...)".
Esta última integrava " (...) Mobílias Alentejanas; Mobiliário de Azinho; Objectos de Azinho; Olaria do Redondo e de São Pedro do Corval; Bonecos (barro) de Estremoz; Tapetes de Arraiolos; Mantas de Reguengos e Alandroal; Cortiça (tarros, miniaturas, etc.); Chocalhos das Alcáçovas; Tapetes de buinho; Ferros forjados; Pelaria e curtumes; Trabalhos de chifre; Aprestos para solípedes (...)", ou seja, constituía uma exibição de todos os objectos fabricados, à altura e no distrito, com recurso aos materiais tradicionais. A exposição representava o carácter contemporâneo da produção artesanal, característica que foi sendo mantida por mais de uma década.Em 17 de Junho de 1980 - num ofício dirigido ao Presidente da Autarquia - a Presidente da Assembleia, Mariana Calhau Perdigão comunica " (...) Tendo a Exposição de Artesanato Regional do Distrito de Évora sido considerada MUSEU DE ARTESANATO REGIONAL, por deliberação da Assembleia Distrital de Évora, reunida em 30 de Março do ano corrente e, dado o grande interesse da sua maior divulgação, solicito a V. Exª providenciar no sentido da sua sinalização (...)", ou seja, a transformação da Exposição permanente num projecto museológico.
Tal projecto, no entanto, perdurou apenas cerca de uma década visto que o MAR foi extinto em 1991. Com o encerramento desta instituição fica por solucionar o destino da colecção - propriedade da Assembleia Distrital de Évora - que foi sumariamente inventariada e armazenada, na periferia da cidade, numa pequena arrecadação da Quinta das Glicínias. Dez anos depois, a aposta na constituição de um Centro de Artes Tradicionais - e a consequente transferência deste espólio - permitiram a realização de um inventário, sob a égide da Região de Turismo de Évora, no intuito de a tornar parte integrante do património museológico distrital.
A colecção do extinto Museu de Artesanato Regional de Évora (MAR), incorpora uma série de formas e materiais - barro, couro, peles, lã, chifre, madeira, trapo, buinho, cortiça, vime, ferro, cobre, folha de "flandres", pedra, etc. e o seu principal objectivo era o de dar a conhecer o artesanato mais representativo do distrito de Évora, um dos três - com o de Beja e Portalegre - que constituem a vasta região do Alentejo.
Fonte: Inventário Matriz

sábado, 5 de novembro de 2011

Para o debate foram convidados algumas personalidades do panorama museológico: Luís Raposo, no papel de Presidente do ICOM Portugal e João Neto, que é para quem não conhece o Presidente da APOM – Associação Portuguesa de Museologia, há já alguns anos. Foram ainda convidadas outros intervenientes: Graça Filipe, Joana Sousa Monteiro, José Alberto Ribeiro, Manuel Bairrão Oleiro e Raquel Henriques da Silva.

sábado, 29 de outubro de 2011

SOBREIRO "DESCOZIDO"

1 DE 2011
AGORA SÓ SE TIRA A CASCA DAQUI A 9 ANOS!
(Portela de Mogos, Évora)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A crise nos museus portugueses

A situação actual vivida pelos museus portugueses, nos tempos de profunda crise financeira, económica e sobretudo social que Portugal atravessa, acrescida da degradação da política de museus ocorrida nos últimos dois anos e da conjuntura actual de mudança de Governo, sem que sejam ainda conhecidas medidas substantivas e pelo contrário haja anúncios de desenvolvimentos potenciais que causam a maior inquietação, levou a direcção da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM a decidir actualizar e aprofundar a sua Declaração de Novembro de 2009, dando origem ao presente documento, intitulado “Os desafios da política de museus em tempos de crise”, o qual resulta de ampla consulta ao conjunto dos Corpos Gerentes e a diversos outros colegas membros do ICOM.PT,
Este texto será enviado aos órgãos de soberania e servirá também como documento de referência para debate público nacional a promover brevemente.
O documento está disponível aqui A Direcção do ICOM-Portugal Fonte: NO Mundo dos Museus

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O museu como um espaço de regeneração

O museu é uma instituição que pode ser reutilizado como espaço de regeneração cultural e patrimonial de grupos minoritários, o que contribui para o desenvolvimento sociocultural. Este tipo de infra-estruturas culturais pode servir para preservar a identidade local, recuperar património cultural e animar culturalmente uma comunidade.
(Ander Egg, 1981; García Canclini, 1987)
FONTE: Xerardo Pereiro ‐ UTAD, P. 191.

domingo, 9 de outubro de 2011

“É vital que os museus respondam às questões que vão sendo colocadas pelo seu ambiente social de modo a manter a sua relevância no contexto de necessidades e objectivos sociais em mudança”
(Macdonald, 1992: 158).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“O museu deve criar laços afectivos” Mário Moutinho, Montalegre, 24-10-2005, XVI encontro do MINOM português

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

(...) A este êxito popular da história corresponde um interesse mais difundido pelo património histórico, muito sensível no âmbito das autarquias. As câmaras criaram museus ou arquivos, valorizaram os monumentos locais, protegeram a paisagem histórica (...) [hoje é visível a] forma vergonhosa no tratamento orçamental que è dado à investigação e ao ensisno da história, aos arquivos e aos museus.
HESPANHA, António M., A emergência da história, Penélope, Lisboa, nº. 5, 1991, p. 9.

Pormenores

sábado, 27 de agosto de 2011

Entrevista ao mentor do M.A.R., IV

- Da recente exposição, que com tanto brilhantismo se realizou em Évora, por altura da tradicional Feira de São João nesta cidade, quais as conclusões a que se chegou? Fundamentalmente duas: que há tanta coisa com interesse, que é verdadeiramente imperativo pegar no artesanato e levá-lo ao nível de desenvolvimento que ele merece; que o público, em elevadíssimo número, gastou e apreciou, prova evidente de que, quando solicitado acorrerá a colaborar numa campanha que deveria ser apoiada por todos; o comércio para que compre e venda, o público para que o adquira ou produza.
- A exposição de artesanato no Redondo integrou-se no mesmo programa que a Junta está realizando? Exactamente. Há que levar a todas as localidades o fermento e a sugestão para que se reabilite a nossa actividade artesanal. De resto, o Redondo é solar de uma olaria que muito interesse tem para o público estrangeiro
- O turismo nacional poderá ser valorizado por um artesanato de qualidade? Sem dúvida. Os responsáveis por essa complexa indústria que é o turismo ano podem deixar no olvido o artesanato, uma das componentes dessa actividade industrial que tantas outras chama à cooperação. O turista pode não deixar dinheiro na praia, mas numa recordação típica investe invariavelmente algum.
- Que fez a Junta em matéria de procura de mercados externos? Participou na Exposição realizada em Bruxelas no Centro Português de Informação e enviou paralelamente peças para venda a um estabelecimento daquela capital, onde tudo se vendeu. Mandou para a televisão do Canadá diversas peças, onde dois programas constituíram enorme sucesso, a julgar pelo número de firmas que se dirigiram às entidades portuguesas e à TV. Forneceu vasto mostruário para uma importante firma inglesa. (Estas três operações ficam-se devendo ao Fundo de Fomento de Exportação). Enviou ainda pequeno mostruário para a Suécia.
- Que pensa fazer a Junta em matéria de preparação profissional? Vir a estabelecer cursos de formação e de aperfeiçoamento artesanal.
FERREIRA, Mira, Artesanato português – seu valor e interesse, uma entrevista concedida pelo Dr. Armando Perdigão, Mensário das Casas do Povo, Novembro de 1962, p.p. 8 – 11.

sábado, 20 de agosto de 2011

Entrevista ao mentor do M.A.R., III

- Está dentro do programa traçado, que nos parece poder considerar -se também de recuperação de todos os valores do nosso artesanato, a atribuição de quaisquer prémios, como estímulo e até possível descoberta de valores? Exactamente. É outra das funções previstas para o Gabinete, a da organização de exposições e a concessão de prémios.
- Como foi encarado o problema, que nos parece poderá verificar-se, se nu grande volume que a registarem-se, julgamos que não estão dentro das possibilidades actuais de fabricos? A capacidade de produção, bem como se compreende, e para certas peças, não é muito grande mas há todavia dois processos directos de a aumentar. O primeiro será comprar a produção durante todo o ano já que normalmente o artesão metade do ano tem dificuldade em colocar os produtos e vende-os de qualquer maneira ou abandona a actividade e vai trabalhar no campo o segundo é consequência do primeiro, e consiste em garantir-lhe a remuneração anual em resultado daquela assegurada aquisição e assim ele trabalhará os 12 meses e não apenas 5 ou 6 como até aqui.
Indirectamente, a capacidade de produção também é fomentada por aquele mecanismo – compra assegurada dos produtos – em virtude do artesão interessar a família na actividade.
- Há particulares interessados na capitalização de tão importantes actividades que constitui o artesanato? Na falta destes, para um mais amplo desenvolvimento, como pensa resolver-se o assunto? O sector mais interessado em capitalizar o artesanato deveria ser o do comércio, especialmente o exportador, mas este por vezes até retarda os pagamentos – não só não é generoso, como ainda lhe agrava a situação por virtude das já citadas demoras em liquidar.
A capitalização do artesanato, que é fundamental para o seu fomento, também está prevista nos estatutos do Gabinete e pretende tornar possível a compra da matéria-prima e o apetrechamento das oficinas caseiras.
- Aspectos sociais do artesanato (sua exploração como indústria). Os aspectos sociais do artesanato são os mais aliciantes. Veja-se que se poderá contribuir, pelo fomento do artesanato, para a redução do desemprego rural, pois muitos dos trabalhadores poderão ganhar honestamente e melhor o seu sustento
Por outro lado, toda a família pode participar neste modo de vida, uma vez que cada um dos seus membros poderá ter um papel a despenhar no ciclo de laboração da peça. Certos diminuídos físicos ou inferiorizados poderão desempenhar tarefas remuneradas.
A mulher poderá, quando impossibilitada de abandonar o lar, vigiando os filhos, trabalhar em benefício do agregado. Por outro lado, o bom artesão é sempre um bom operário em potência, pelo que indirectamente se tornará mais fácil o apetrechamento das unidades fabris com pessoal capaz.
Não deixarei de declarar que, com o desenvolvimento do artesanato, teremos de estar preparados para compreender uma evolução progressiva deste, no sentido de vermos mecanizadas algumas das suas fases, uma das formas de aumentar a produção, de embaratecer os produtos e de lhes conferir uma certa uniformidade, sem prejuízo do seu acabamento artístico, peça por peça.
FERREIRA, Mira, Artesanato português – seu valor e interesse, uma entrevista concedida pelo Dr. Armando Perdigão, Mensário das Casas do Povo, Novembro de 1962, p.p. 8 – 11.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entrevista ao mentor do M.A.R., II

Parece-lhe que efectivamente o “artesanato-indústria”, num futuro próximo – quanto tempo? – Virá a constituir um factor de relevante valor na posição económica do Alentejo? Não tenho a mínima dúvida, o artesanato alentejano tem largas possibilidades de valorização e pode ter papel económico-social de interesse relevo na vida das gentes alentejanas.
Falar do tempo que possa necessitar-se para que tal incremento atinja os limites do desejável, é arriscar-me a uma imprudente previsão, pois tal brevidade ou demora é, antes de tudo, função das verbas que nos venham a ser concedidas para o efeito de se financiar o artesão e sobretudo para lhe adquirir toda a produção de qualidade.
Foram efectuadas algumas investigações históricas, certamente. Gostaríamos que se referisse a elas. Quais as vantagens que consequentemente resultaram das mesmas, para orientação dos trabalhos de produção? Uma das funções previstas para o GARDE é exactamente o de se proceder ao estudo retrospectivo do labor artesanal. Todavia, a Junta entende que não se pode subordinar uma política de fomento aos resultados de tais estudos, pois embora, em teoria, tal seja o caminho ideal, tem de reconhecer-se que o tempo despendido em tais estudos poderia ser decisivamente fatal para o caso de uma campanha de valorização imediata.
Neste sentido, recolha de elementos históricos, deram-se alguns passos, a saber: Organização de um ficheiro de registo circunstanciado da peça e do produtor – o Bilhete de Identidade – tendo sido emitidas já completas fichas para o efeito. Em curso a elaboração de um estudo sobre a cantaria artística nos concelhos de Estremoz, Borba e Vila Viçosa, para o que se encarregou escultor competente.
A Exposição do Artesanato Distrital efectuada no Celeiro Comum, as exposições dos barristas e a do Artesanato no Redondo, ambas subsidiadas pela Junta, pretenderam já por si fornecer elementos favoráveis a tal estudo, à guisa de arrolamento.
As investigações históricas a que alude foram de facto executadas e continua a Junta a subsidiá-las, mas pretendem sobretudo colher elementos arqueológicos da natureza não específica. É verdade que também obteremos assim precioso material que em alguma coisa aproveitará em favor do artesanato. Entende-se, pois, de muita importância o estudo que enunciou, mas como disse, a Junta não pode condicionar a sua campanha de fomento do artesanato aos resultados daqueles estudos, sempre morosos.
Quais as peças de artesanato que com fundamento se admite terão mais interesse, não só entre nós, como particularmente no estrangeiro? É difícil responder concretamente a esta pergunta, dado que o gosto do público é muito variado e, por outro lado, a “apetência” dos distintos mercados estrangeiros difere bastante de país para país. (...) mas em tese pode dizer-se que toda peça tem real interesse desde que a matéria-prima utilizada seja regional e à sua manufactura tenha presidido um genuíno sentido artístico de sabor popular, já que abastardar ou universalizar a produção é roubar-lhe toda a regionalidade.
Todavia, peças há que poderemos considerar como já consagradas no mercado externo como as mantas de Reguengos que, não obstante uma concorrência que as pretende imitar (...) têm já alta cotação como o atesta a medalha de ouro obtida na Exposição Internacional de Bruxelas.
Mas a olaria, a cestaria, os trabalhos de buinho, os torneados de azinho, o mobiliário à alentejana, e muitos outros, têm largas possibilidades, desde que devidamente enquadrados numa planificação (técnico-comercial) conjunta.
Espera-se uma larga difusão, para breve, pelas casas comerciais da especialidade, de venda ao público, das peças do nosso artesanato, a exemplo do que se faz nomeadamente em Espanha e na Grécia? (...) O “abastecimento” do comércio só poderá efectuar-se desde que o Gabinete esteja em condições financeiras de fazer a “stockagem”, comprando toda a produção qualificada. Portanto, esta larga difusão não demoraria tempo apreciável, estando, em última análise, dependente da entrada em funcionamento do GARDE e da sua dotação financeira.
Dado o interessante desenvolvimento turístico por que estamos passando, pensa a Junta fomentar a instalação de pequenos postos de venda de peças (tipo recordação) junto aos postos de venda de gasolina, a cargo destes, e me ordem a promover vendas naquelas localidades onde não existam estabelecimentos afins.
Não haverá, de alguma maneira, perigo de que os fabricos deixem de ser controlados e venham a cair numa “rotinice” de fabricos em série, em que se sobreponha o puro interesse material de ocasião, inferiorizando o valor dos fabricos, levada a efeito com menos escrúpulos e selecção, com prejuízos de garantia de autenticidade que resultará, no futuro, com menos aceitação e interesse dos mercados? Com certeza. Por isso o nosso previsto Gabinete tem, entre outras funções, a de acompanhar o artesanato sob este prisma. Será uma assistência tecnológica e artística permanente a dispensar-lhe. FERREIRA, Mira, Artesanato português – seu valor e interesse, uma entrevista concedida pelo Dr. Armando Perdigão, Mensário das Casas do Povo, Novembro de 1962, p.p. 8 – 11.

domingo, 7 de agosto de 2011

Entrevista ao mentor do M.A.R., I

Qual o motivo ou razão fundamental que assistiram ao Sr. Dr. Armando Perdigão, ao meter ombros a tão grandiosa tarefa, que tem constituído trabalho positivo na panorâmica do artesanato local? Foram vários os motivos: Constatar que o público, “lá fora” mostra especial predilecção pelo artesanato, ou seja, está na moda comprar os singelos e ingénuos objectos de fabricação popular. Verificar, através das solicitações vindas do boletim de informações do Fundo de Fomento de Exportação – Secção Oportunidades Comerciais – que os produtos do artesanato português estavam sendo solicitados pelos importadores estrangeiros.
Reconhecer que o “grau de regionalidade” do nosso artesanato é garantia de que terá a melhor aceitação em qualquer mercado. Saber quão abandonada e minimizada tem estado a actividade artesanal. Por outro lado, conhecer também a dura e inexorável luta que a fabricação industrial e seriada move ao produtor familiar, abatendo-o um a um. Neste capítulo, e como exemplo recente, impressiona o mau gosto da maioria das peças de plástico agora à venda, a sua vulgaridade e fragilidade; todavia a sua divulgação nas camadas populares tornou-se um verdadeiro flagelo e no fundo, sem qualquer benefício para aquelas.
Este flagrante exemplo do que pode chamar-se uma grande campanha anti-artesanal, tem ainda o triste significado de que não é hoje difícil “vender gato por lebre”, impor colectivamente o mau gosto e a mediocridade.
Deseja referir-se a alguma colaboração mais directa, Entidades? É-me muito grato referir a extraordinária colaboração do Fundo de Fomento de Exportação que positiva e concretamente tem apoiado a Junta Distrital em todos os passos pró-artesanais dados.
Pensa-se organizar e manter em Évora um museu vivo do artesanato regional? No programa da Junta estava, na verdade, prevista a organização duma exposição – mostruário permanente para que o comércio interno e externo pudesse tomar conhecimento desse maravilhoso mundo que é o do artesanato, podendo através de tal conhecimento fazer as suas encomendas.
Dentro de poucos dias, teremos aquela exposição permanente a funcionar. Esta pretensão, aparentemente simples, requer a montagem consciente de uma complicada organização comercial, técnica, financeira, etc. em ordem a pôr a produção artesanal num nível aceitável e dar-lhe condições de sobrevivência. Dada a complexidade da tarefa em causa, julgou-se fundamental a criação dum organismo específico que se ocupe de tudo o que se refere ao fomento do nosso artesanato: o Gabinete do Artesanato Regional do Distrito de Évora – GARDE – cujos estatutos aguardam, letargicamente, a aprovação superior.
O museu do artesanato ao vivo não deverá confundir-se nem misturara-se com a referida exposição – mostruário. Todavia posso confidenciar-lhe: é um dos sonhos da Junta, talvez um sonho excessivamente audacioso, a exibição da actividade artesanal ao vivo, mas como secção do Museu do Povo Alentejano, este instalado ao ar livre apresentando, com a mais fiel reprodução, todo o viver das gentes transtaganas.
FERREIRA, Mira, Artesanato português – seu valor e interesse, uma entrevista concedida pelo Dr. Armando Perdigão, Mensário das Casas do Povo, Novembro de 1962, p.p. 8 – 11.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobreiro

RUAS FLORIDAS, REDONDO

sábado, 9 de julho de 2011

Recordando o passado

O Museu do Artesanato inspirou crianças...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MUSEUS PARA AS CRIANÇAS

-Fenómeno recente. -Museus como instrumentos educativos para as crianças. -Ensinam a cultura própria e a dos outros. -Educam na convivência e na tolerância necessárias para viver em sociedades pacíficas. Ex.: Museu Horniman´s (London) (1969), Museu Etnológico de Barcelona (1973) Fonte: Xerardo Pereiro ‐ UTAD

TRONCO DE SOBREIRO "DESCOZIDO"

ÉVORA, Junho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MUSEU INTERDISCIPLINAR

Dedicado à história, à tecnologia e à cultura de um território concreto. -Exibem permanentemente testemunhos materiais da vida e do trabalho camponês (indumentária, objectos familiares, mobiliário) Ex.: Museus Locais FONTE: Xerardo Pereiro ‐ UTAD, p. 187

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Governo quer alterar regime em seis meses

Entradas gratuitas nos museus devem ser repensadas já, defende associação portuguesa .
O presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) defendeu hoje que, para a sobrevivência dos museus, é necessário repensar o regime de gratuidade já e não daqui a seis meses, como sugere o Governo.
A APOM defende uma “mudança dos paradigmas dos alicerces que sustentam a cultura” (Enric Vives-Rubio (arquivo). “Seis meses para estudar o regime de gratuitidade já é tarde. Na perspectiva de retorno que deve existir, o Governo não precisa de seis meses. O regime pode ser aplicado rapidamente”, afirmou João Neto em declarações à Lusa. Segundo o presidente da APOM, citando um relatório do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), no ano passado apenas 40 por cento das pessoas que visitaram museus pagaram entrada. “Tem que haver no mínimo 80 por cento das entradas pagas. Para própria sobrevivência dos museus”, afirmou. O Governo, no seu programa, pretende, “no espaço de seis meses”, estudar a “revisão do regime de gratuitidade dos museus, diminuindo o período da sua aplicação” e discutir os “horários de funcionamento”. João Neto considera que “a sociedade criou a ideia de que esta cultura [museus e monumentos] tem que ser gratuita” e que “tem que haver educação as pessoas para perceberem que ao pagar entrada estão a ajudar”. O presidente da APOM defende que se revele o “valor real da entrada”, para que as pessoas sintam os benefícios que estão a ter ao pagarem entrada nos museus. “Não pode haver gratuitidade adquirida. Tem que ser concedida e com muito bom senso”, sublinhou.
O programa de governo dá conta, na área da Cultura, que um dos objectivos estratégicos é “reavaliar o papel do Estado na vida cultural”, enfatizando a auto-sustentabilidade do sector. A APOM defende uma “mudança dos paradigmas dos alicerces que sustentam a cultura”. “O Estado tem que ter um papel regulador, equilibrar entre várias áreas. Avaliar quais as que têm o maior retorno”, afirmou. Para João Neto é preciso “ver onde poderá investir-se para aumentar o retorno, económico e social”. “Receio que esteja a ser analisada apenas a questão da despesa”, lamentou. O presidente da APOM defende ainda “uma política de cooperação entre museus que estejam na mesma localidade, quer sejam do Estado ou das autarquias”, lembrando que “isto não está no programa do Governo”. FONTE:http://www.publico.pt/Cultura/entradas-gratuitas-nos-museus-devem-ser-repensadas-ja-defende-associacao-portuguesa_1500810

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vêm aí novas políticas na Museologia?

Museus e Património entre as prioridades do novo SEC O secretário de Estado da Cultura indigitado, Francisco José Viegas, disse hoje à Lusa que tem um programa a longo prazo para o sector, a aplicar com “sensatez, ponderação e introduzindo uma coisa que tem estado ausente, o diálogo”.Falando no Parlamento à margem da primeira sessão da XII Legislatura, Francisco José Viegas disse que terá apenas algumas semanas para “fazer um mapa das intervenções a médio prazo”.“
O programa eleitoral do PSD era um programa para dez anos, a longo prazo, porque não se pode transformar aquilo que há a transformar na cultura apenas em dois ou três anos, há intervenções de fundo”, sublinhou.Francisco José Viegas assume uma pasta que passa de ministério para secretaria de Estado.Sobre as prioridades do novo governo para a Cultura, Francisco José Viegas elencou, por exemplo, o património e os museus, mas as prioridades resultarão da análise que for feita da estrutura da pasta.“Haverá uma espécie de auditoria a todos esses serviços e as decisões virão a seguir. Não tomaremos decisões antes de ouvir as pessoas interessadas”, sublinhou.
No trabalho com os agentes culturais, o novo titular da pasta reforçou: “Iremos fazer isso com muita sensatez e ponderação e sobretudo introduzindo uma coisa que tem estado ausente, que é o diálogo, a negociação. A política é sobretudo negociação e em cultura muito mais”.Quanto à verba disponível para pôr em prática o programa para a Cultura, Francisco José Viegas referiu que os agentes do setor terão que trabalhar com o orçamento que existir.“Com este pode-se trabalhar, com mais do que este é impossível. Há cerca de dez anos, cinco anos, todos nós dizíamos que havia pouco dinheiro para a Cultura. Agora dizemos que há pouco dinheiro em geral. A regra não existe só para a cultura”, alertou.(…)
Fonte: http://www.pportodosmuseus.pt/?p=27761&utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+pportodosmuseus%2FrxgW+%28pportodosmuseus%29

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Olaria do Redondo

A vila do Redondo é um importante centro oleiro e, já em 1516, o foral manuelino mencionava uma corporação de oleiros e contemplava também uma regulamentação para o seu comércio. Os oleiros, desde tempos imemoriais tinham direito a ir buscar o barro às terras em volta, porém, em 1725, os proprietários das terras pretenderam obrigá-los a pagar o barro, provocando uma crise séria - os oleiros entraram em greve - já que a economia da vila dependia em grande medida das olarias.
A solução foi favorável aos oleiros, tendo sido deliberado que "ninguém pode impedir outrém de cavar barro para fazer louça" (Wilson, 1994). Em 1801 a autarquia do Redondo fez sair uma nova regulamentação sobre o comércio de olaria, mas também renovou o direito acordado em 1726, pelo qual os oleiros são obrigados, no Outono, a tapar os buracos que fizeram ao longo do ano. Os que não cumprissem com esta obrigação tinham de pagar uma multa e eram igualmente obrigados a pagar indemnizações aos proprietários por desgastes causados (Parvaux, 1968).
A colecção do M. A. R. foi adquirida, a partir de 1963, com a criação do Gabinete de Artesanato Regional do Distrito de Évora (G.A.R.D.E), que tinha por objectivo fomentar a comercialização dos produtos de artesanato funcionando como entidade autónoma, mas associada à exposição do Artesanato Regional do Distrito de Évora.
A 30 de Março de 1980, por deliberação da Assembleia Distrital, esta exposição foi considerada Museu do Artesanato Regional do Distrito de Évora. Nesse período, o G.A.R.D.E. conseguiu a colaboração de diversos oleiros do Redondo, entre os quais, contam-se Álvaro José Chalana (Olaria São João), Adriano Rui Martelo e António Francisco Lapa Mestre.
Fonte: Inventário Matriz

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os museus rejeitam a sua conotação com as culturas de elite

Os museus procuram hoje alargar os seus públicos e rejeitam a sua conotação com as culturas de elite, tentados pelo contrário tornar-se mais acessíveis enquanto espaços de lazer, alterando os seus conceitos de comunicação e de transmissão de conhecimentos e ideias.
FONTE: FARIA, Margarida,Lima de, Museus: Educação ou divertimento? Uma análise da experiência museológica segundo o modelo figuracional de Norbert Elias e Eric Dunning, Revista Crítia de Ciências Sociais,n.º 43, 1995, p. 191.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Barrística de Estremoz

Ao que tudo indica, a barrística de popular Estremoz ganhou projecção a partir dos finais do século XVIII, com a produção de pequenas esculturas de santos e figuras de presépios. No início do século XX, estava praticamente extinta e foi revitalizada através de diversas iniciativas, a mais importante das quais protagonizada pelo escultor José Maria de Sá Lemos, que dirigiu a Escola de Artes e Ofícios de Estremoz, criada em 1924, trabalhando com a artesã Ti Ana das Peles, e posteriormente com Mariano da Conceição, que convidou para professor da escola (Pessanha, 1916; Santos Júnior, 1940; Parvaux, 1968; Vermelho,1990).
Sabina da Conceição Santos nasceu em Estremoz em 1921, neta de Caetano Augusto da Conceição (m. 1902), o fundador da Olaria Alfacinha, e Leonor das Neves da Conceição (m.1946). Apesar de na juventude ter frequentado a Escola de Artes e Ofícios de Estremoz, Sabina dos Santos dedicou-se, primeiro, à família, e só a crise na liderança da empresa, depois da a morte do irmão Mariano da Conceição, é que a levou a modelar os bonecos de Estremoz.
Assim, em 11 de Abril de 1958 constitue-se a firma Leonor das Neves da Conceição Herdeiros, sociedade entre Sabina e os seus irmãos Deocleciano e Caetano, empresa que colaborou com o G.A.R.D.E., como documentam as diversas facturas e as peças assinadas pela artesã que ainda se conservam no espólio do antigo Museu do Artesanato Distrital de Évora. No labor de Sabina Santos, que prolongou-se ao longo de três décadas, é patente a continuidade da galeria de personagens representadas por Mariano da Conceição, e também um aprofundar na estilização escultórica dos personagens. Na sua oficina na Rua Brito Capelo, formou várias aprendizes, entre as quais Fátima Estróia e Perpétua de Sousa e Maria Inácia, conhecidas como as Irmãs Flores, com atelier próprio a partir de 1987. (Vermelho, 2002).
Fonte: Inventário Matriz

terça-feira, 19 de abril de 2011

A colecção de madeira do Centro de Artes Tradicionais

A madeira é uma das matérias-primas mais conhecidas do Homem. Casas, pontes e artefactos vários (quotidianos, religiosos ou lúdicos) são algumas das suas utilizações mais generalizadas; dependendo da espécie arbórea, assim, a madeira se destina a determinado uso - as diferentes texturas permitem utilizações díspares.
Cortar, entalhar, esculpir, embutir e polir, são as fases do trabalho que requerem um bom domínio e conhecimento desta matéria-prima. Este material nobre foi sempre muito caro aos artesãos que - através dos tempos - têm produzido artefactos, verdadeiras obras de arte, da nossa cultura tradicional. Quer seja através de motivos geométricos repetitivos ou para a representação do ambiente natural (animais e plantas), a madeira permite grandes pormenores nas composições.
Assim, a reprodução dos mais diversificados utensílios da lavoura tradicional e de outros objectos do mundo rural - por vezes verdadeiros documentos etnográficos - são dos temas mais comuns neste tipo de artesanato, representado na colecção do Centro de Artes Tradicionais

Fonte: Inventário Matriz

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Depósito de Pão

O edificio conserva a estrutura original, decorado por opulento portal de granito, do estilo rococó, com pilastras almofadas, empena recurva, envieirada e de fogaréus, brasão régio, coroado a lápides comemorativas de 1777, além da teoria das janelas de sacada, com ferragem batida e elegante desenho pombalino. Notável pelas suas proporções é o Depósito de pão, imponente sala de planta rectangular, de 3 naves distribuídas por 5 tramos apoiados em abóbodas de aresta, à mesma altura, suportadas por grossos pilares de granito e secção cruciforme.

Espanca, Túlio, Évora - Arte e História, Evora, CME, 1980, p. 25

sexta-feira, 1 de abril de 2011

História do Celeiro Comum de Évora

Os fundamentos do Real Celeiro Comum de Nossa Senhora da Piedade, vêm da época sebástica e, nas suas primícias esteve instalado nos torreões do Castelo Novo da cidade, após obras de adaptação orientadas pelos oficiais de pedraria Mateus Neto e Brás Godinho (1576). A coroa o trannferiu, entre 1777-78, de acordo com o Senado Eborense, para o edifício construído expressamente para o efeito, após demolição do velho paço gótico dos Duques de Coimbra D.Jorge de Lencastre e D. Brites de Vilhena, aquele filho natural do rei D: João II e mestre da Ordem de Santiago, e esta senhora, filha de D. Álvaro de Bragança e de D. Filipa de Melo, ascendentes dos Duques de Cadaval. 

ESPANCA, Túlio, Évora - Arte e história, Évora, Câmara Municipal de Évora, 1980, p.p. 24-26.

terça-feira, 22 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Museu, um guarda do tesouro

Às instituições de memória, e de modo particular aos museus, é frequentemente atribuída a função de casas de guarda do tesouro. Mas, se o tesouro foi perdido, o que elas guardam? E se guardam de facto um tesouro, que tesouro é esse?
Isabel Victor, Museus em rede, Boletim da RPM n.º 38, Lisboa, Janeiro de 2011, p. 2.

terça-feira, 1 de março de 2011

ABERTO - FECHADO

1962-1991- ABERTO 1991-2007- FECHADO 2007-2010 - ABERTO 2010-2011 - FECHADO... M... de museu; M... de malogrado...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Praça do Sertório, 23-2-11

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Museu

O vocábulo museu, como se sabe, tem origem na Grécia, no Templo das Musas (Museión). As musas, por seu turno, foram geradas a partir da união mítica celebrada entre Zeus (identificado com o poder) e Mnemóise (identificada com a memória).
O retorno à origem do termo museu não tem nada de novo. Diversos textos trazem essa referência (...) os museus vinculados às musas por herança materna (matrimónio) são "lugares de memória", mas por herança paterna (património) são configurações e dispositivos de poder. Assim, os museus são a um só tempo: herdeiros de memória e de poder. Estes dois conceitos estão permanentemente articulados nas instituições museológicas.
Isabel Victor, Museus em rede, Boletim da RPM n.º 38, Lisboa, Janeiro de 2011, p. 2.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Porco preto

Porco preto, feito em esferovite, estava inserido no núcleo "Ruas floridas do Redondo", logo no início do percurso expositivo do Centro de Artes Tradicionais. Esta peça fez sempre sucesso junto dos nossos visitantes!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Museu do Artesanato - Um Museu com História

Exposição do Museu do Artesanato
1991

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Museu do Artesanato - Um Museu com História

Exposição do Museu do Artesanato
1991

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Museu de Artesanato - Um Museu com História

Exposição do Museu do Artesanato
1991

sábado, 22 de janeiro de 2011

Museu do Artesanato de Évora, anos 60
(Colecção do Arquivo Fotográfico de Évora)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Resultado da exposição temporária "Polícias e a Arte"

No período em que decorreu a exposição supracitada, de 16 de Julho a 13 de Novembro de 2010, o Centro de Artes Tradicionais recebeu 1.254 visitantes, sendo 751 nacionais e 503 estrangeiros. Do total de visitantes, destacamos os seguintes segmentos:

  • Bilhete família:46;
  • Crianças: 116;
  • Estudantes: 95;
  • Idosos: 105;
  • Visitas organizadas: 119;

Aqui publico a opinão de alguns visitantes acerca da exposição temporária: Parabéns a todos! Uma exposição maravilhosa. Tenho muito orgulho de pertencer à P.S.P. desde 1975. Maria Joaquina Orvalho 16.07.2010 Este dom que Deus lhe deu Sr. João Realista É porque ele percebeu que você é grande artista. Parabéns, gostei muito Irene Soraia 21.08.2010 Ao Sr. Luís Ricardo Eu dou-lhe os meus parabéns Continua esta arte Que é um lindo dom que tens Irene Soraia 21.08.2010 Gostamos do museu e ficamos bastante surpreendidos com a qualidade artística dos membros da polícia local. Paulo Freire e Bruna Sande 27.08.2010 Gostei imenso da exposição. Uma surpresa foi a capacidade artística dos elementos da P.S.P. expostos. Simão Bernardino 28.08.2010 Bellíssimos trabajos em estaño. Muy interesante la exposición de todos los trabajos artesanos. 2.09.2010 Maria Luísa – Valladolid, Espanha Very lovely works of art from the Évora District. Talented police officer works. JSH * AGA (sem data) Belle exposition qui nos permet d`apprecier le talente des artisans portugais. Quelle surprise de voir qui il ya tante de policiers qui sont de grands artistes!! Bravo. J. Paul Plonte, La Malbaie – Canadá 12.11.2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Peça do mês: Mostruário de talheres

A produção de utensílios domésticos em madeira e cortiça diversifica-se no decorrer do séc. XX, acrescentando sempre novas peças à medida que se enriquece o interior das casas urbanas. São os ideais de honestidade moral, asseio, trabalho e rigor económico que esses objectos, decorados preferencialmente com motivos geométricos, presentes na cultura camponesa de vários países da Europa, traduzem na decoração do lar. Na maioria dos casos a funcionalidade mantem-se teimosamente, mas adivinha-se pelo trabalho incorporado, pela fragilidade dos materiais utilizados, um objecto cuidadosamente exposto.
Citado de: MANGUCCI, Celso, Marcas de Identidade - Roteiro da exposição permanente: Celeiro Comum, Centro de Artes Tradicionais, Évora, Região de Turismo de Évora, 2007, p. 62.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Aviso

Por motivo de obras o Centro de Artes Tradicionais encontra-se temporariamente encerrado dando lugar em 2011 ao Museu do Artesanato e do Design de Évora. Para qualquer assunto relacionado é favor entrar em contacto com a entidade gestora deste espaço, a Turismo do Alentejo, Entidade Regional de Turismo, para os seguintes contactos: 284 313 540.

sábado, 13 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010