segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sessões de Artesanato ao vivo com eco na imprensa nacional

Em Agosto, o suplemento "Notícias Magazine" do jornal nacional Diário de Notícias publicou um pequeno artigo a divulgar os temas e artesãos que participaram neste mês.

domingo, 30 de agosto de 2009

Flores e animais em papel

Artesão Carlos Barreto

Estevas em papel

Rato em papel

sábado, 29 de agosto de 2009

Maria José Lóios

Hoje à tarde o Centro de Artes Tradicionais recebe mais um artesão na sessão de "Artesanato ao vivo aos Sábados à Tarde" - Maria José Lóios, da Casa de Tapetes de Arraiolos Lóios.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Tapete de Arraiolos da nossa colecção

Também está em exposição um Tapete de Arraiolos rectangular, proveniente do espólio do antigo Museu do Artesanato e que possui ao centro um medalhão circular (envolvido por flores e festões nas extremidades) em tons de azul, cuja tonalidade se apresenta na barra.
De acordo com o ficheiro do G.A.R.D.E. - Gabinete de Artesanato da Região do Distrito de Évora, o exportador de Tapetes de Arraiolos para esta instituição era a firma M. J. Pinto Xavier & Cª, Lda. de Arraiolos, que produzia a marca Kalifa. O que nos permitiu sbaer que a peça é datada dos anos 80 e originária da actual casa de tapetes de Arraiolos Califa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Núcleo Tapetes de Arraiolos

No sábado à tarde, além de poder usufruir dos conhecimentos da bordadeira Maria José Lóios, pode igualmente visitar no Centro de Artes Tradicionais vários tapetes expostos no núcleo "Tapetes de Arraiolos", como o da imagem, uma peça emprestada pelo Museu de Évora e que é proveniente do Seminário Maior de Évora, estando datada de finais do século XVIII - inícios do XIX.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Opinião de Maria José Lóios sobre os Tapetes de Arraiolos

Temos grande dificuldade em caminhar em frente. A invasão do mercado pelos tapetes chineses foi muito prejudicial. Há sempre quem queira aprender. O grande problema reside na concorrência estrangeira, tenho fé que tudo se há de modificar. Tenho amor à arte e dificilmente me darei por vencida. Grande defensora do tapete clássico, reconheço que este tem de se adoptar às necessidades do mercado. Não podemos parar. Brevemente será formalizado o “selo de garantia” dos nosso tapetes. É uma defesa e uma valorização para os nossos produtos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Na oficina com Maria José Lóios

Maria José Lóios, bordadeira de tapetes de Arraiolos no centro da vila, realiza todo o processo de execução de um tapete, inclusive o desenho. Publicamos hoje um excerto de uma entrevista dada em 2002 pela artesã, no âmbito de um recenseamento, em que explica as etapas necessárias para se fazer um tapete.
Procedo à contagem de toda a tela de acordo com o desenho. O tapete é embainhado. Faço a contagem da barra. Armo a barra, faço a armação do interior do tapete (os contornos do desenho). Faço o matiz (encho os contornos) e por fim os fundos. Finalmente faço a franja e aplico-a no tapete.
Venha assistir ao vivo a este trabalho na tarde de 29 de Agosto, a partir das 15 horas, no Centro de Artes Tradicionais.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tapetes de Arraiolos

Na sessão de Artesanato ao vivo de 29 de Agosto estará presente a bordadeira de tapetes de Arraiolos Lóios, Maria José Lóios, autora da peça da imagem Foto: Manuel Ribeiro.

domingo, 23 de agosto de 2009

Tapetes de Arraiolos na próxima sessão de Artesanato ao Vivo

Maria José Lóios, sócia da Casa de Tapetes de Arraiolos Lóios desde os 39 anos, é a artesã convidada para participar na próxima sessão de artesanato ao vivo. A sua aprendizagem começou aos 12 anos. A sua mãe e irmãs mais velhas incentivaram-me bastante. Aos 14 anos entrou para empresa Califa, que ainda existe, permanecendo cerca de 7 anos na empresa.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

António Pequito

António Pequito trabalha desde 1965 na olaria, em conjunto com a sua esposa Joaquina Pequito, a responsável pela decoração pedrada das peças. Ambos com 67 anos são os mestres mais velhos da olaria tradicional de Nisa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Olaria de Nisa na próxima sessão de Artesanato ao vivo

No próximo sábado à tarde irá estar presente um oleiro de Nisa, que irá fazer peças em barro a partir das 15 horas no Cntro de Artes Tradicionais, sendo acompanhado pela sua esposa, responsável pela decoração pedrada das peças.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

As origens do Centro de Artes Tradicionais

A sociedade rural, marcada pelos latifúndios do sul e o mundo das aldeias da outras zonas, foi confrontada, em especial desde os anos 60, com processos que modificaram os seus contornos e estruturas. A transformação tecnológica da agricultura e dos hábitos e consumos da população reflectiram-se também nos ofícios e tarefas do trabalhos agrícola e rural: os saberes técnicos tornam-se cada vez mais necessários e tendem a substituir os saberes tradicionais. Sendo o Alentejo, tradicionalmente, uma zona rica nesta área patrimonial e fecunda em artesanato, urgia a concepção de uma política de intervenção.
O GARDE - Gabinete de Artesanato Regional do Distrito de Évora - foi um organismo criado, na década de 60, pela Junta Distrital de Évora para funcionar como entreposto comercial, ou seja enquanto instrumento de ligação entre a oficina artesanal e o comerciante (especialmente o exportador), por forma a que a divulgação, embalagem e distribuição dos produtos originários da arte popular alentejana se processasse em termos de fomento e de incentivo. Nesse sentido foram levados a cabo contactos e pesquisas - com instituições, artesãos, etc. - no intuito de promover o artesanato regional enquanto actividade económica ligada à exportação e ao turismo; para tal terá sido inaugurada, em 1962, uma exposição que terá dado início à colecção do Museu de Artesanato Regional.
A colecção incorpora uma série de formas e materiais - barro, couro, peles, lã, chifre, madeira, trapo, buinho, cortiça, vime, ferro, cobre, folha de "flandres", pedra, etc. e o seu principal objectivo era o de dar a conhecer o artesanato mais representativo do distrito de Évora, um dos três - com o de Beja e Portalegre - que constituem a vasta região do Alentejo.
Autoria: Dulce Correia

terça-feira, 18 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Execução de Chocalhos em Miniatura

Maria Manuela, eborense de nascimento, viveu muitos anos em França. Quando voltou pediu emprego na Casa Pardalinho, onde lhe ensinaram a fazer chocalhos em miniatura há mais de um ano, não tendo parado desde aí. Todos os dias tem de fazer cerca de 150 chocalhos por dia para terminar uma encomenda de 3.000 chocalhos até ao fim do mês.

Todo o processo de fabrico é igual a um chocalho em tamanho normal, inclusivamente o embarramento, a única diferença é que vão todos juntos para o forno, criando-se uma grande bola de coscumalho, que e depois partida.

domingo, 16 de agosto de 2009

Como se faz um chocalho

Ontem à tarde o artesão Francisco Cardoso não compareceu por motivos imprevistos, tendo sido substituído por dois dos seus colegas: Feliciano e Maria Manuela. Publicamos hoje no nosso blogue um pequeno vídeo sobre a execução de um chocalho, feito por um dos mais jovens artesãos desta arte nas Alcáçovas, que mantém assim uma tradição familiar desde os seus 16 anos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Francisco Cardoso

Hoje à tarde estará presente o artesão Francisco Cardoso na "Sessão de Artesanato ao Vivo", a partir das 15 horas. Venha descobrir como se faz um chocalho - utensílio utilizado para identificar o gado, auxiliando os pastores, com os seus timbres característicos e marcas visuais - a reconhecerem os rebanhos e cuja produção se desenvolveu nas Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo.

Uma breve história sobre a origem dos chocalhos

A produção de chocalhos, no Distrito de Évora, localiza-se especificamente em Alcáçovas (Viana do Alentejo), desenvolvendo-se em círculos familiares muito fechados. A obrigatoriedade da utilização de chocalhos remonta a 1375, data das mais antigas Posturas da Cidade de Évora, onde se regulamentava o seu uso nos animais, e desde 1439 documenta-se o fabrico de chocalhos em Alcáçovas, quando os seus mesteirais se arregimentaram na Casa dos Vinte e Quatro, em Évora (MONIZ, 2000).
Uma actividade que continuava florescente nos finais do século XIX, já que em 1890, existiam em Alcáçovas dez oficinas com vinte chocalheiros. Em 1913, dezassete famílias trabalhavam nesta indústria (PINHEIRO, 1995).
Quando da constituição do Gabinete do Artesanato Regional do Distrito de Évora (G.A.R.D.E.), em 1963, no âmbito do Museu do Artesanato Regional, existiam as seguintes oficinas em laboração: António Grosso Sim-Sim, João Chibeles Penetra, Joaquim Firmino da Silva Sim-Sim, Francisco Barroso e Silvério Augusto Sim-Sim, que forneceram chocalhos para exposição e também para venda ao mercado.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Chocalho estreito

Um outro tipo de chocalhos do espólio do Centro de Artes Tradicionais é o chocalho estreito, diferindo na forma e no tipo de badalo dos restantes. Um exemplo é da peça da imagem, com o número de inventário CAT 9.MET.
Chocalho cilíndrico, de tipo estreito, de pequenas dimensões, realizado em chapa de ferro, de cor acobreada, possivelmente utilizado para ovelhas. Possui asa semi-circular, lisa, soldada ao corpo do chocalho que apresenta uma fita no bordo da peça para impedir que abra.Tem um badalo fabricado com folha de metal enrolado sobre si mesma, do mesmo comprimento do chocalho, preso na parte superior, notando-se, no exterior, uma aleta de reforço.

Chocalho reboleiro

No espólio do Centro de Artes Tradicionais existem vários tipos de chocalhos. A peça apresentada hoje tem o número de inventário CAT 38.MET, tendo autoria e datação desconhecida.
Este chocalho cilíndrico de tipo reboleiro, originário das Alcáçovas, é executado em chapa de ferro, de cor acobreada. Possui asa semi-circular, com as laterais dobradas, soldada ao corpo do chocalho. Este vai-se estreitando até ao bordo, formando dois bicos salientes na parte superior.
Apresenta uma pequena fita no bordo lateral para impedir que o chocalho abra e sinais de raspagem em todo o corpo do chocalho.Tem um badalo de azinho (cartel), do mesmo comprimento do chocalho, com um bico saliente de forma côncava, que é fixo por uma fita de cabedal enrolada a uma argola de metal, presa na parte superior, notando-se, no exterior, uma aleta de reforço.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Chocalho embarrado

Como na próxima sessão de Artesanato ao vivo vão ser executados este tipo de peças, aproveitamos esta oportunidade para divulgar no blogue alguns chocalhos da colecção do Centro de Artes Tradicionais.
De forma a melhor compreender o seu processo de fabrico, hoje publicamos uma imagem de um Chocalho embarrado, com o número de inventário CAT 195.MET. Da autoria de João Chibeles Penetra (n. 1926), chocalheiro das Alcáçovas e fundzador do Museu do Chocalho na localidade, esta peça data dos anos 80.
Após a fase de corte e de enrolamento (o processo de moldar chama o chocalheiro de enrolamento) estar completa, inicia-se a fase de embarrar o chocalho. Este é envolto por uma mistura de barro amassado de saibro (argila com mistura de areia e pedras) misturado com moinha (fragmentos miúdos de palha que ficam na eira depois da debulha dos cereais, actualmente isso já não acontece e o artesão compra a palha e manda-a para um triturador para ficar o tamanho conforme se quer) que tem a finalidade de não deixar gretar o barro e de conseguir aguentar o calor da forja.
O chocalheiro põe o barro seco num barreiro com água, abrindo sulcos e põe-o em lama, levando-o para a pedra de amassar o barro, e conforme a sua quantidade, idêntica é a quantidade da moinha. O barro espalma-se de modo a cobrir por completo o chocalho em bruto, colocando-se no seu interior pequenos pedaços de latão, que são distribuídos pelas duas faces. Este metal é que vai soldar o chocalho e cobrear.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Como se faz um chocalho

Numa chapa de ferro polido riscam-se vários chocalhos com o mesmo tamanho. Depois de cortados os vários rectângulos, são talhados.
O chocalho é enrolado com um martelo, bigorna, e a força das mãos. Seguidamente fazem-se outras componentes do corpo do chocalho – asa, céu, batente com os instrumentos anteriormente referidos. Em seguida, utiliza-se o barro que é derregado e amassado com palha triturada, que se designa moinha. Esta serve para embarrar o chocalho, corta-se o latão para ser colocado e entre a pasta e o chocalho, que tem de enxugar muito bem para que não fique com humidade, o que pode demorar uma a duas semanas.
Quando está bem seco vai ser soldado, a fusão do latão com a chapa de ferro permite soldar as costuras, dar consistência à chapa, além de dar cor ao chocalho. Para isso a chapa de ferro tem de ficar ao rubro. É retirado o chocalho e rebolado no chão em cima do cisco de forma a que o latão , enquanto está liquido cubra todo o chocalho, sem ficar demasiado retido na boca.
O chocalho é mergulhado em água. Parte-se o cuscumalho, e vai a afinar na bigorna com o martelo através de pancadas até chegar ao som pretendido. A afinação consiste na obtenção máxima do som que cada chocalho dá. A fase final consiste no polimento do chocalho para puxar o brilho, na colocação do badalo de madeira e da coleira, feita em pele de vaca, que é fixa por uma fivela em latão. Se o chocalho tiver mais de 25 cm o artesão coloca a sua marca, ou a do cliente no caso dele a fornecer.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aprendizagem de Francisco Cardoso

No dia 15 de Agosto, a sessão de artesanato ao vivo conta com a presença de um chocalheiro - Francisco Cardoso.
Publica-se hoje um excerto de uma entrevista dada pelo artesão em 2002, no âmbito de um recenseamento, sobre a sua aprendizagem:
Aprendi com o senhor José Luís Maia aos 16 anos, durante 6 anos fiz o percurso de aprendizagem, criando em 1998 uma sociedade. Vim aprender com um parente como chocalheiro. Comecei a frequentar a casa e a praticar ao fazer chocalhinhos e badalos. Sempre gostei muito de trabalhos manuais, nunca sai uma peça igual, é sempre um gozo fazer uma nova peça.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Viola campaniça

A viola popular portuguesa chegou até aos nossos dias sob várias formas e denominações: braguesa, ramaldeira, amarantina, toeira, de arame, da terra e, no sul do país, campaniça.Descendente da viola barroca, a viola popular portuguesa chegou até nós com cinco cordas duplas.
No Baixo Alentejo tomou o nome característico de viola campaniça. A origem do nome vem, inquestionavelmente, da sua radicação na zona do “Campo Branco”, geograficamente situada na região que compreende os concelhos de Aljustrel, Ourique, Castro Verde, Almodôvar e parte do concelho de Odemira.
Na primeira metade da década de 80, ocorreu uma investigação sobre a viola campaniça. Aquando da sua fase exploratória, verificou-se que os tocadores deste instrumento musical já estavam todos em idade avançada, entre os quais é de destacar: Manuel Bento (Funcheira) e Francisco António (Ourique-Gare).
No entanto, nos finais da década de noventa, gerou-se um movimento de renascimento e entusiasmo em torno da viola campaniça, o que veio a causar o surgimento de jovens tocadores do instrumento, entre os quais Pedro Mestre.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Execução de violas campaniças no Centro de Artes Tradicionais

Não perca a sessão de artesanato ao vivo do próximo sábado como uma boa oportunidade de conhecer o porquê da existência deste tipo de viola e as suas prinicipais características enquanto o artesão executa este instrumento.
Até lá, publica-se hoje um artigo da revista Única, editada no Expresso, sobre Pedro Mestre, um um jovem tocador e artesão, responsável pela recuperação da viola campaniça em Castro Verde:
"Cresci a ouvir um programa na Rádio Castrense em que as pessoas participam, cantando as modas tradicionais e dizendo poesia, e eu telefonava e cantava em directo, à capela, aqueles temas que eu ouvia a minha mãe ou os homens na tasca a cantar.
O mestre Manuel Bento, que nós consideramos o mestre dos mestres, é desse tempo em que a viola campaniça era peça fundamental das tascas. Uma tasca tinha de ter uma viola, para poder acompanhar os cantos de improviso, também chamados «cantos de despique». O despique é uma desgarrada, com uma melodia, e uma rima, e regras próprias.
O ponto é uma palavra da rima, com que todas as outras quadras têm de rimar. Quando algum dos cantores diz uma palavra que já foi repetida na rima, isso chama-se «pisar o ponto». Quem pisa o ponto sai da roda e tem de pagar cinco litros de vinho. Os cantares ao despique falam de tudo, da satisfação de estar juntos, da vida dura do campo, da velhice, da morte, da actualidade, dos problemas do país.
Às vezes há contendas pessoais que se resolvem ao despique. Uma vez, numa aldeia, houve um pai que tinha desprezado o filho, e quando o filho já era homem, encontravam-se na taberna e cantavam ao despique. A viola campaniça tem uma cintura muito acentuada, muito delicada, que forma um oito, e uma sonoridade muito doce, e característica. Tem cordas em aço, por vezes em latão, é dedilhada com o polegar da mão direita e ponteada segundo uma técnica que é diferente de todos os outros instrumentos.
Nós costumamos dizer que a campaniça é uma voz que se junta às outras vozes, porque ela canta a melodia do princípio ao fim. A campaniça tomou conta da minha vida. Toco todos os dias, várias horas. Fundei corais, ajudei a criar uma escola-oficina em Castro Verde, tenho um programa de campaniça para as escolas do 1.º ciclo.
Fui já várias vezes ao Brasil, a encontros de violas em que juntamos a campaniça com a viola caipira, que têm as mesmas origens. No Brasil eles também têm repentistas. Gostava que os instrumentos tradicionais portugueses fossem ensinados nos conservatórios, a campaniça, a braguesa, a beiroa.... Talvez seja por haver pouca coisa escrita, poucas partituras. Alguns miúdos acham que a música tradicional é uma coisa de velhos, sem interesse para eles. Mas eu acho que se eles não se interessam é porque ninguém lhes mostra."

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Violas campaniças de Pedro Mestre

Desde 2002 que este Pedro Mestre também se dedica à construção de Violas Campaniças, que aprendeu a construir com o artesão Amílcar Silva. Em 2003, fundou, na Aldeia da Sete, a Associação de Cante Alentejano “Os Cardadores, com o objectivo de preservar os usos e costumes do concelho de Castro Verde.
Neste ano e, em 2004, foi formador na Escola/Oficina de Violas Campaniças, dinamizada pela Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde. Em 2007 foi participação especial no espectáculo multicultural, “O Homem que À Terra Canta”, no IV Encontro de Culturas de Serpa (Portugal), que reuniu artistas de Portugal, Brasil, Espanha e Cabo Verde.
Em 2007 lançou ao lado do Violeiro do Brasil Chico Lobo o Cd 'Encontro de Violas – Viola Campaniça e Viola Caipira" – trabalho inédito no mundo e que demonstra como duas culturas podem interagir pelas cordas das violas"Nos anos lectivos 06/07 e 07/08 foi animador de música tradicional/cante alentejano, na disciplina de música tradicional/cante Alentejano nos quatro anos de escolaridade dos alunos das escolas do 1º ciclo do ensino básico, do concelho de Almodôvar.
Pedro Mestre já editou vários trabalhos de grupos corais, dos quais é Mestre e mantém actualmente como ninguém a tradição do toque da viola campaniça, efectuando espectáculos por todo o País e no estrangeiro. Para além disto, também é artesão e preside uma das maiores associações do concelho de Castro Verde, a ACA Os Cardadores.Actualmente, Pedro Mestre apresenta a viola campaniça em três formas: uma com o Grupo de Violas Campaniças, acompanhado de vozes femininas, outra acompanhando improvisadores do cante de despique e baldão e, outra ainda, apresentado modas campaniças a solo, acompanhado por outros instrumentos (viola ritmo, viola baixo e precursão).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pedro Mestre na sessão de artesanato ao vivo a 8 de Agosto

Pedro Mestre é natural da localidade Aldeia de Sete, concelho de Castro Verde, localidade onde ainda reside. Desde pequeno que nutre um enorme gosto pela música tradicional alentejana, devido ao facto de ouvir a sua mãe cantar modas alentejanas.
Posto isto, entrou aos 10 anos para o Coral Infantil “Os Carapinhas” e, aos 12 anos, aprendeu a tocar viola campaniça com o mestre Francisco António (mais conhecido por Chico Bailão). Aos 13 anos ingressou no Coral Masculino “Os Ganhões” e um ano mais tarde assumiu o cargo de Mestre Ensaiador do mesmo grupo.
Em 2001, foi fundador de dois grupos corais da freguesia de Santa Bárbara de Padrões: Grupo Coral e Etnográfico “Os Cardadores” e Grupo Coral e Etnográfico “As Papoilas”, sendo também o mestre Ensaiador dos mesmos. Em 2002, assume o lugar do seu mestre – Chico Bailão –, dando continuidade ao Grupo de Violas Campaniças de Castro Verde, no qual fica a tocar com o mestre Manuel Bento.