domingo, 31 de agosto de 2008

O Prof. Francisco Ramos e a sua visita temática de 29 de Maio

Para completar o ciclo de visitas, realizado na Primavera, foi convidado o professor universitário e estudioso das artes tradicionais, prof. Francisco Ramos. Através desta visita, ficamos a saber mais sobre o artesanato e a cestaria, no âmbito do tema “A problemática e a evolução do artesanato. O caso da cestaria” : Os cestos, feitos com os materiais como a mimosa, acácia, lodão, palha de centeio, tinham essencialmente a função utilitária, servindo como contentores para transporte. Os cestos, com função decorativa são os mais modernos, uma vez que no século XIX não se faziam. Sobre a Cestaria, ficamos a saber que esta é das actividades mais antigas que se conhecem devido à necessidade de transporte na nomadização, todos os caçadores/ predador tinham cestos, tendo posteriormente recuperado a sua posição a nível doméstico, pela força da sua utilidade. O prof. Francisco Ramos defende que o artesão é possuidor da propriedade do seu trabalho e do seu instrumento de produção, no entanto, a sua profissão entrou em decadência no início do século XIX, pelos seguintes motivos: Motivo económico (diminuição do seu peso); Problemas derivados das conjunturas económicas; Alto preço da mão de obra; Aperfeiçoamento da indústria, Não associação de artesãos e a não- adaptação; Frágil formação profissional; Concorrência industrial;Escassez das matérias-primas;

sábado, 30 de agosto de 2008

Visita temática "As peças do Museu de Évora em exposição no Centro de Artes Tradicionais"

A segunda visita temática, realizada no dia 24 de Abril, ficou a cargo do Dr. Joaquim Caetano, Director do Museu de Évora, melhor do que ninguém para nos apresentar com detalhe o tema desse dia “As peças do Museu de Évora em exposição no Centro de Artes Tradicionais”.
A primeira peça, que está na imagem, foi o Bispote, diminutivo de bispo, este é um bacio mais elevado do que o normal. Esta peças por vezes era adaptada a cadeiras ou arcas. Durante o Renascimento, a individualização dos espaços tornou-se mais maleável, essencialmente os espaços, transformados numa corte com um vida itinerante, eram constituídos por 3 divisões: câmara, re-câmara e retrete.
Uma outra peça, a lavanda, é o exemplo de uma tentativa de cópia da porcelana que havia na Europa. Deveria ter um gomil, para completar o conjunto. Também a lavanda é demonstrativa de uma sociedade hierarquizada, tal como no bispote, onde era obrigação dos escravos deitar fora o conteúdo destes vasos, também quem lava as mãos do senhor é o criado.
Esta ritualização de hábitos públicos, que mostrava a grandeza de quem os praticava, vem do tempo da organização palatina.
Por fim, o conjunto de duas passadeiras e um tapete de Arraiolos, datados da 2ª. metade do século XVIII, provenientes do Seminário de Évora, demonstram o gosto neo-clássico da época, com um desenho floral mais simplificado, tem um enquadramento das flores simétrico. Este modelo orieantalizante foi-se perdendo.
Um tapete constrói uma arquitectura, marca um espaço, coloca-se aos pés da cama, ou na escada de altar. Também os tapetes eram oferecidos em dotes, ou ofertas diplomáticas, devido ao seu elevado valor.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A nossa visita à Olaria Xico Tarefa

O mestre oleiro Xico Tarefa recebeu-nos na manhã do dia 27 de Agosto na sua olaria, uma antiga adega, e explicou-nos o funcionamento de todas as fases de produção de uma peça. Para isso, utiliza instrumentos simples como a alpanata, que é feita com feltro dos antigos chapéus (para modelar), um bocado de cana (para riscar) e um fio de pesca para cortar as peças, após a conclusão das mesmas.
Ao mostrar o fabrico da peças antigas como o cântaro, a panela tradicional, o prato covo (porque até aos anos 50 os pobres só comiam a sopa, não tinham direito a um segundo prato como nos dias de hoje) Xico Tarefa explicou-nos a história da olaria do Redondo, dos negócios feitos pelos almocreves na venda de loiça e até como os diferentes estratos sociais exigiam peças diferentes.
O oleiro deu um banho de calda às peças e em seguida ensinou como se faz um desenho numa pequena travessa, passou por cima de um papel picotado uma boneca com carvão, esta feita com uma meia de vidro. Também explicou o funcionamento dos fornos a electricidade.
Com um estilete, começou a realçar o risco do picotado, trabalho que a jovem Natália ajudou a completar!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Olaria Mértola e os trabalhos de Vitória Duque

Na manhã do dia 27 de Agosto visitámos a Olaria Mértola, ficando a conhecer um forno antigo, a lenha, encostado à Muralha da vila do Redondo.
O senhor Mértola estava fora em serviço, foi participar numa feira ao Porto, mas conhecemos as pinturas de Vitória Duque, responsável pela decoração de todas as peças que o mestre oleiro faz.
Vitória já trabalha nesta arte há vinte anos e com orgulho afirma que toda a gente gosta das peças assinadas por ela, se não as assinasse nem as conseguia vender.
Atarefada para conseguir acabar uma encomenda, Vitória Duque não deixou de nos explicar a importância do seu trabalho e de ensinar a todos como se pintava um prato, conseguindo inclusive "colaboradores" de várias idades!!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Peças contemporâneas na Exposição "Redondo - um Século de Barros"

Quem visita a nossa exposição temporária, pode desfrutar não só de peças datadas de meados do século XIX, como de peças contemporâneas, algumas visíveis nesta imagem.
Conseguimos cumprir o objectivo de levar público à unidade de produção de origem destas peças, em parceira com a Câmara Municipal do Redondo, através da realização de três visitas guiadas às olarias de alguns destes artesãos, iniciativa que termina hoje de manhã.
Desta forma, queremos aqui agradecer o apoio da Câmara Municipal do Redondo, a gentileza dos oleiros que nos acolheram e, como não poderia deixar de ser, a todos os nossos participantes.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vaso senhorial

É uma peça contemporânea de grande porte, feita à roda e inspirada nos vasos senhoriais do século XIX. O acabamento é totalmente vidrado no exterior sobre engobe de tinta branca e a decoração recria numerosos elementos vegetalistas e zoomórficos feitos em desenhos esgrafitados e pintados, presentes em peças de meados do século XX.
O autor é o Mestre Francisco Rosado (Xico Tarefa) ainda em plena actividade e a peça obteve o 3º prémio a nível nacional no concurso organizado pelo IEFP em 2003 “Oiro da Terra, Sonho das mãos”.
Esta peça presente na exposição "Redondo - um Século de Barros" é da autoria de um importante mestre oleiro que vamos visitar esta semana, no dia 27 de Agosto, ao Redondo.
Citado: Catálogo "Redondo - Um Século de Barros"

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Programa de visita às Olarias do Redondo

27 DE AGOSTO Partida de Évora: 9 h Olaria do Xico Tarefa: 9h 30m Olaria Mértola: 11 h Chegada a Évora: 13 h Número máximo de participantes: 18 pessoas Inscrições e transporte a partir de Évora gratuito. Prazo limite de inscrições: 25 de Agosto

domingo, 24 de agosto de 2008

Inscreva-se já para visitar as Olarias do Redondo

Amanhã é o último dia de inscrição para puder visitar as olarias do Redondo. Não perca a terceira e última oportunidade de o fazer. A visita e o transporte são gratuitos.
Venha conhecer a Olaria do Xico Tarefa e a Olaria Mértola!!
Contacte-nos:
Centro de Artes Tradicionais
Largo 1.º de Maio, n.º 3 7000-650 Évora
(Junto à Capela dos Ossos)
Telefone – 266 77 12 12
Fax – 266 730 450

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Olaria Xico Tarefa

Francisco Rosado (n.1951), mais conhecido como Xico Tarefa, o mestre oleiro informa a sua actividade com a pesquisa de desenhos e temas tradicionais.
Realiza um conjunto variado de peças: chocolateiras, pratos, saladeiras, cantarinhas, alguidares, barris, pratos de peixe, aparadores de aguardentes, tachos e frigideiras.

Venha conhecer o artesão e o seu trabalho na visita à Olaria do Redondo, marcada para o próximo dia 27 de Agosto!

Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. OLARIA DO REDONDO
Foto: Manuel Ribeiro

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O que aprendemos na nossa visita à Casa Martelo

Na Casa Martelo fomos recebidos pela pintora de cerâmica Rosário Martelo, nora do fundador da casa e que não se cansa de repetir que gosta muito de trabalhar nesta arte, relembrando o seu carinho pelo sogro, ao evidenciar a forma como Adriano Martelo pesquisou os desenhos e os recuperou, inovando a olaria do Redondo.
Rosário Martelo pinta por amor, porque o artesanato não dá para viver, uma vez que tem o custo de comprar os pratos e de os mandar cozer duas vezes.
Os pratos, de tamanhos variados, são feitos na roda com barro do Redondo, o que explica a sua espessura rugosa. Nenhum desenho é igual e para a artesã o que lhe dá mais trabalho é fazer a cercadura da peça.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O que descobrimos na Olaria do Poço Velho

Hoje de manhã tivemos mais uma vez o prazer de levar um grupo a visitar as olarias tradicionais do Redondo, constituído por residentes eborenses. A primeira olaria a visitar foi a do Poço Velho, gerida pelo senhor José Baeta, que estava a amassar o barro na máquina quando chegamos. O oleiro gentilmente nos levou a conhecer todos os cantos desta antiga olaria, mostrando-nos os dois fornos a lenha e um a gás (que na altura estava a cozer), a argila que recolhe no campo perto da vila, o tanque do barro e as próprias peças. O grupo teve igualmente a oportunidade de ver o oleiro a trabalhar na roda, ficando a aprender os pequenos segredos de como se faz um tacho e a respectiva tampa (conforme pode ver nos vídeos).

O senhor Baeta contou-nos que como cresceu nesta olaria já nem se lembra quando começou a aprender e que após tantos anos no ofício ainda tem muito que saber, o que não nos pareceu quando o vimos a cortar as pelas de barro com a quantidade exacta para fazer o tacho ou a utilizar as alpanatas para conseguir dar a forma pretendida à peça.

Amanhã fique a saber um pouco mais sobre a segunda olaria visitada hoje, a Casa Martelo.

Olaria Mértola

Dia 27 de Agosto, teremos a terceira visita às olarias tradicionais do Redondo. Se hoje não conseguiu juntar-se a nós nesta iniciativa, não perca a última oportunidade de nos acompanhar nessa manhã, até lá, temos hoje um pequeno excerto sobre esta olaria:
João Mértola (n. 1930) tinha apenas 7 anos quando iniciou a aprendizagem nas olarias. Trabalhou com quase todas as olarias do Redondo, e realiza, agora, como mestre, todo o tipo de peças decorativas: pratos, terrinas, bonecos, candeeiros.
A sua olaria tem a particularidade de ainda possuir um antigo forno a lenha, encostado à muralha da vila do Redondo.
Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. OLARIA DO REDONDO

terça-feira, 19 de agosto de 2008

VISITANTE 9000 DO CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS

No passado dia 6 de Agosto, o Centro de Artes Tradicionais teve novamente o prazer de surpreender um visitante!
O senhor Carlos Oliveira e esposa, de Lisboa, receberam um voucher para uma estadia de duas noites no Hotel Ibis de Évora, com direito a pequeno-almoço.
E estamos quase a atingir o número emblemático dos 10.000 visitantes!!! Venha aprender mais sobre o artesanato do distrito de Évora através das nossas exposições e desfrute calmamente desta cidade Património Mundial.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Último dia de inscrições

Hoje é o último dia de inscrição para participar na visita às olarias do Redondo, marcada para a próxima quarta-feira, dia 20 de Agosto!
Venha connosco conhecer a Olaria do Poço Velho e a Casa Martelo! Estas olarias têm uma antiga relação comercial, é na primeira que se faz os pratos com o barro da região, e que ainda são cozidos num forno a lenha - forma de cozedura quase em extinção - que são posteriormente pintados na Casa Martelo.
Deixe o seu carro em casa! O transporte, cedido pela Câmara Municipal do Redondo, fica por nossa conta!

domingo, 17 de agosto de 2008

Adriano Martelo, o fundador da Casa Martelo

Adriano Rui Martelo, filho do fiscal de obras José dos Santos Martelo, e de Catarina de Jesus Martelo, nasceu em 1916, na Vila do Redondo.
Adriano Martelo gosta de dizer que aprendeu a pintar sozinho, mas os seus trabalhos foram sempre informados por uma pesquisa, que começou a realizar nos meados da década de 50. Na altura, interessou-se pelos desenhos riscados na louça do Redondo, e no convívio com os oleiros mais idosos, recolheu os motivos e desenhos tradicionais, que já na época lhe pareciam em risco de desaparecimento.
Como não poderia deixar de ser, travou conhecimento com Rita da Conceição Mestre, a famosa Tia Rita, uma figura tutelar da olaria da vila, e a quem se atribui a criação de inúmeros motivos, que se popularizaram e lhe granjearam uma grande clientela. Primeiro fez algumas experiências e depois de ser bem aceite, começou a vender os pratos.
Nessa época era aferidor de pesos e medidas, mas a actividade era pouco compensadora. Contudo conseguiu sempre acumular a profissão com a pintura de cerâmica. Apaixonando-se cada vez mais pela olaria deixou os pesos e as balanças para se dedicar definitivamente aos pratos de barro quando se reformou, em 1982, aos 65 anos. Como não era oleiro, Adriano Martelo encomendava as peças na Olaria Poço Velho no Redondo, e era criticado no meio por não ser ele que fazia os pratos, só se responsabilizando por pintá-los. Era-o também por vender a loiça mais cara que os restantes, já que privilegiava as formas tradicionais de fabrico.
O mestre Martelo montou a sua oficina numa antiga adega do Redondo, na Rua Almirante Cândido dos Reis, 35, cultivando uma paleta de cores bastante variada, onde sobressai a introdução do azul e o equilíbrio entre os tons de verde e rosa.
Na documentação do antigo Museu do Artesanato guardam-se diversas facturas e recibos da olaria de Adriano Martelo, do início da cooperação em 1964. Numa segunda fase, já na década de 80, mestre Martelo busca novas fontes de inspiração ampliando o seu repertório, incluindo também a faiança portuguesa dos séculos XVII e XVIII, que recebera por sua vez uma forte influência da porcelana chinesa.
O seu filho, Manuel Martelo procura manter viva a tradição herdada do pai, ao vender neste local a cerâmica que a esposa e os filhos pintam.
Venha conhecer este espaço e a alegria dos familiares em continuar o trabalho do mestre oleiro, Adriano Martelo, na nossa visita ao Redondo, marcada para o dia 20 de Agosto!
Citado: Homenagem ao mestre Adriano Martelo

sábado, 16 de agosto de 2008

História da Olaria do Redondo

A Vila do Redondo é um centro oleiro tradicional e já em 1516, o foral manuelino da vila mencionava uma corporação de oleiros e contemplava também a regulamentação do seu comércio. Como outros centros regionais do período, dedicavam-se ao fabrico de peças de barro vermelho para uso doméstico, como panelas, frigideiras, quartas, cântaros, infusas, distinguindo-se provavelmente no fabrico de grandes contentores para o armazenamento do vinho e do azeite. Hoje, todos conhecem a “louça do Redondo”, uma criação mais tardia, provavelmente da segunda metade do século XIX, posterior ainda à fase da expansão das unidades industriais de louça de faiança, criadas no âmbito das políticas pombalinas. Recorrendo a materiais locais, os oleiros da região desenvolveram uma técnica que, ao recobrir a pasta com uma calda de argila clara, tornavam as peças um produto semelhante à faiança. E além da louça de tradição regional, como os alguidares e saladeiras, realizavam telhas vidradas para a decoração dos beirais e também baldosas para pavimentos. A decoração era sublinhada por leves sulcos que contornam o desenho das flores, dos animais, e das personagens tradicionais do Alentejo e impediam que as cores vibrantes esborratassem. Essa louça, influenciada pelos “pratos ratinhos” das olarias do Norte que, no século XIX, acompanhavam os trabalhadores sazonais da agricultura, tornou-se peça obrigatória na decoração das casas de todo o Alentejo. Actualmente, os oleiros do Redondo realizam todo o tipo de encomendas, adaptando-se às exigências de qualidade do mercado, progressivamente abandonando os fornos a lenha, para adoptar prensas mecânicas e fornos a gás.
Ainda não está curioso para visitar uma destas olarias?? Não perca essa oportunidade nos dias 20 e 27 de Agosto. Tenha umas férias diferentes na companhia do Centro de Artes Tradicionais!! Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. OLARIA DO REDONDO

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Olaria do Poço Velho - Como se faz uma peça

Relembro que no dia 20 de Agosto, vamos ao Redondo visitar as suas olarias. Até lá, escolhemos um excerto de uma entrevista que fizemos ao artesão, o sr. Baeta, da Olaria do Poço Velho (das mais tradicionais do Redondo), onde explica o processo de preparação do barro e como se faz uma peça.
O barro do Redondo (o único utilizado) é colhido e limpo de impurezas. Para isso vai à máquina pelo menos 3 vezes. É depositado para arrefecer. É dividido em partes, conforme o tamanho da peça que se quer fazer. Vai à roda do oleiro para ser moldado. É colocado num ambiente fechado para secar lentamente.
Vai ao forno para uma primeira cozedura, se levar vidrado a peça sofre duas cozeduras. O vidrado faz-se do seguinte modo: o pó do vidro dissolve-se em água e a peça é mergulhada, ou então chapa-se com a palma da mão para dentro da peça, no caso da peça ser vidrada só por dentro. A segunda cozedura é no forno a gás a temperaturas de cerca de mil graus.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Artesanato Martelo Júnior

Outro local que vamos conhecer na manhã de 20 de Agosto é a Casa Artesanato Martelo Júnior, no Redondo.
Adriano Martelo (1916-2002) gostava de dizer que aprendeu a pintar sozinho, mas os seus trabalhos foram informados pela pesquisa que realizou desde a década de 50, junto aos oleiros mais idosos, para transformar-se num dos mais conhecidos mestres pintores da vila. Actualmente, o seu filho e esposa Manuel e Rosária Martelo mantém um atelier no Redondo, onde procura manter viva a tradição herdada do pai.
Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. OLARIA DO REDONDO

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Olaria do Poço Velho

A Olaria do Poço Velho é uma das olarias do Redondo que vamos visitar a 20 de Agosto. Até lá fique já a saber um pouco mais sobre este espaço:
A tradicional olaria, com umas oficinas majestosas, fundada pelo mestre José Maria Coca Baeta, é dirigida actualmente pelo filho, José Baeta (n.1961), e realiza todo o tipo de loiça utilitária: panelas, tachos, fogareiros, potes, talhas, vasos, saladeiras, alguidares, tigelas de fogo, utilizando o barro da região.
Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. OLARIA DO REDONDO

domingo, 10 de agosto de 2008

PROGRAMA DE VISITA ÀS OLARIAS DO REDONDO

20 DE AGOSTO
Olaria do Poço Velho e Casa Martelo
27 DE AGOSTO
Olaria Mértola e Olaria do Xico Tarefa Horário: 9 h - 13 h Numero máximo de participantes: 18 pessoas
Prazo limite de inscrições: segunda-feira antes da visita, 18 de Agosto e 25 de Agosto.
Inscrições e transporte a partir de Évora gratuito.
Estas visitas têm como objectivo os seus participantes verem o trabalho ao vivo e perceberem as diferentes etapas de produção de uma peça. Além de conhecer as características de uma olaria, quem participar nesta actividade tem a possibilidade de trabalhar no barro e interagir com o artesão!

sábado, 9 de agosto de 2008

Exposição permanente renova-se

Com a inauguração da exposição temporária "Redondo - um Século de Barros", foi substituído o núcleo "Olaria do Redondo" pelo núcleo "Bonecos de Estremoz" na exposição permanente, possibilitando assim renovar o nosso espaço museológico, de acordo com os princípios da "Nova Museologia".
Até ao dia 23 de Novembro, temos duas vitrines dedicadas à Barrística de Estremoz, tema que por sua vez foi o da primeira temporária, que esteve patente desde a abertura do Centro de Artes Tradicionais até Fevereiro passado.
Esta é uma oportunidade de relembrar os assobios, as pequenas esculturas de santos e figuras de presépios, as primaveras, os negros e as figuras populares, representativas de várias profissões e classes sociais.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Núcleo "Arte Pastoril" com uma nova peça

Desde finais de Junho que temos uma nova peça em exposição, duas cabaças, que têm a originalidade de estar entrelaçadas. Este conjunto enriqueceu o núcleo "Artes Pastoril", que possuía apenas duas peças semelhantes da artesã Tersea Serol Gomes, de Estremoz, já falecida.
Esta cabaça (em baixo, na foto) é da da autoria dos artesãos de Évora, Manuel Martins (n. 1954) e Judite Martins (n. 1959), que a emprestaram ao Centro de Artes Tradicionais pelo período de um ano.
O casal especializou-se na preparação e decoração de cabaças, com motivos estilizados ou referências concretas ao viver do Alentejo. Quem desejar contactar os artesãos, para conhecer melhor as suas peças pode escrever para o seguinte endereço electrónico: mjm.cabacas.evora@hotmail.com .
Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA. ARTE PASTORIL, ESCULTURAS, BRINQUEDOS EM MADEIRA, CABAÇAS

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

As características arquitectónicas do Celeiro Comum, segundo o Dr. Manuel Branco

Continuando a reportar o que aprendemos na nossa primeira visita, que decorreu a 27 de Março, fica aqui mais um pequeno resumo das características arquitectónicas do Celeiro Comum, segundo o historiador Dr. Manuel Branco: O Celeiro Comum, de arquitectura civil e utilitária tem uma mensagem do exterior de aparato. No entanto, o seu interior é muito simples. Com uma planta ortogonal, possui 4 naves com 5 tramos, para ser o mais amplo possível, de modo a se compartimentar o trigo dentro de tapumes. Para isso era utilizado o entalhe da pilastra. A posição das janelas, muito altas, explica-se pela necessidade de arejamento. Era preciso que o ar mais quente saísse para que a temperatura de trigo fosse o mais estável possível. Desta forma se mantinha uma temperatura equilibrada no interior do edifício. O Portal, de alto aparato tem as ferragens e portas originais, datadas do século XVIII, do final do reinado de D. José, ao estilo D. João V. A madeira possui um trabalho delicado, uma “corda” a fazer lembrar a talha das igrejas, enquanto o frontão assemelha-se a uma quina do navio virada ao contrário. A concha, elemento típico do rococó, o fogaréu, as armas de Portugal, a coroa e cruz do rei fidelíssimo são alguns dos elementos decorativos visíveis.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A história do Celeiro Comum segundo o Dr. Manuel Branco

Foi após o início da Primavera e no âmbito da iniciativa “Rota dos Sabores”, organizada pela Câmara Municipal de Évora, que o Centro de Artes Tradicionais organizou três visitas temáticas, com a participação de personalidades ilustres da cidade de Évora.
A primeira visita decorreu a 27 de Março. Dedicada às características arquitectónicas do Celeiro Comum e da sua história, o Dr. Manuel Branco explicou entusiasticamente o porquê deste edifício. Para quem não pôde estar presente, apresento aqui um pequeno resumo do que foi dito:
O Celeiro Comum é criado com a finalidade de armazenar trigo para a época de crise, evitando a carência de bens alimentares, por isso é encarregue de comprar trigo na época da colheita, quando é mais barato. Vendia também o trigo um vintém mais barato. O Celeiro Comum servia igualmente como o depositário do trigo dos órfãos e o trigo das capelas.
O edifício que alberga hoje o actual Centro de Artes Tradicionais foi do primeiro Celeiro Comum instituído em Portugal, sendo o segundo Beja, o terceiro Moura e no Alentejo, o quarto Grândola.
A instituição que gere o Celeiro Comum acaba por perder pujança no século XIX, com a transferência para os bancos agrícolas, motivo pelo qual esteve projectada uma prisão para este espaço.
Amanhã, retomo este tema, referindo as características arquitectónicas do edifício, que foi igualmente explicado pelo historiador eborense, Dr. Manuel Branco.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Exposição "Redondo - Um Século de Barros"

A exposição apresenta um conjunto de peças policromadas da olaria de Redondo, desde os finais do século XIX até aos nossos dias. Objectos ligados ao quotidiano que transmitem a essência da magia da arte de trabalhar o barro e a sua evolução na arte de da decoração.

domingo, 3 de agosto de 2008

CONCEIÇÃO SAPATEIRO

A obra de Conceição Sapateiro, artesã natural de Barcelos, transparece uma certa realidade do imaginário popular português, além de retratar a vida do quotidiano na região minhota.

As peças, figuradas, exprimem sentimentos religiosos através dos santos, dos cristos, dos presépios, etc. e retratam figuras populares de profissionais - galinheiras, peixeiras - de elementos de festas e romarias- músicos, bandas etc.

Hoje é o último dia da exposição "Objectos In(Úteis) , se ainda não a conseguiu visitar tem até às 19.00 horas para o fazer! Citado de: http://www.artesminho.com

sábado, 2 de agosto de 2008

ROSÁRIO FONSECA

Maria do Rosário Paquete Fonseca, natural de Grândola, concluiu a sua formação na Escola de Cerâmica de Reguengos de Monsaraz e exerce, desde então a profissão de pintora e modeladora de cerâmica, em Grândola, na oficina de S. Pedro.
Existem vários bonecos da sua autoria na "Exposição Objectos In(Úteis)", que podem ser adquiridos pelo visitante do Centro de Artes Tradicionais, pelo valor de 75 €.
Venha vê-los ao vivo! Só tem até amanhã para visitar esta mostra de artesanato nacional.
Citado de : http://www.cm-grandola.pt

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

SÉRGIO AMARAL

Natural de Mangualde, este artesão sentiu a necessidade de experimentar novos materiais, como o ferro e o barro, iniciando o seu percurso na cerâmica, com especial interesse pelo barro negro. Desde 1982 que explora todas as possibilidades que esta técnica permite: o Rakú, o Negro Primitivo, as Reduções, etc. Em 2002 começa a dar a conhecer com mais insistência os seus matarrachos em várias mostras de artesanato, tendo recebido vários prémios, como por exemplo, o prémio de Artesanato Moderno do IEFP.
As peças em exposição estão para venda.
Citado de: http://www.ceramica3cs.com