terça-feira, 19 de abril de 2011

A colecção de madeira do Centro de Artes Tradicionais

A madeira é uma das matérias-primas mais conhecidas do Homem. Casas, pontes e artefactos vários (quotidianos, religiosos ou lúdicos) são algumas das suas utilizações mais generalizadas; dependendo da espécie arbórea, assim, a madeira se destina a determinado uso - as diferentes texturas permitem utilizações díspares.
Cortar, entalhar, esculpir, embutir e polir, são as fases do trabalho que requerem um bom domínio e conhecimento desta matéria-prima. Este material nobre foi sempre muito caro aos artesãos que - através dos tempos - têm produzido artefactos, verdadeiras obras de arte, da nossa cultura tradicional. Quer seja através de motivos geométricos repetitivos ou para a representação do ambiente natural (animais e plantas), a madeira permite grandes pormenores nas composições.
Assim, a reprodução dos mais diversificados utensílios da lavoura tradicional e de outros objectos do mundo rural - por vezes verdadeiros documentos etnográficos - são dos temas mais comuns neste tipo de artesanato, representado na colecção do Centro de Artes Tradicionais

Fonte: Inventário Matriz

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Depósito de Pão

O edificio conserva a estrutura original, decorado por opulento portal de granito, do estilo rococó, com pilastras almofadas, empena recurva, envieirada e de fogaréus, brasão régio, coroado a lápides comemorativas de 1777, além da teoria das janelas de sacada, com ferragem batida e elegante desenho pombalino. Notável pelas suas proporções é o Depósito de pão, imponente sala de planta rectangular, de 3 naves distribuídas por 5 tramos apoiados em abóbodas de aresta, à mesma altura, suportadas por grossos pilares de granito e secção cruciforme.

Espanca, Túlio, Évora - Arte e História, Evora, CME, 1980, p. 25

sexta-feira, 1 de abril de 2011

História do Celeiro Comum de Évora

Os fundamentos do Real Celeiro Comum de Nossa Senhora da Piedade, vêm da época sebástica e, nas suas primícias esteve instalado nos torreões do Castelo Novo da cidade, após obras de adaptação orientadas pelos oficiais de pedraria Mateus Neto e Brás Godinho (1576). A coroa o trannferiu, entre 1777-78, de acordo com o Senado Eborense, para o edifício construído expressamente para o efeito, após demolição do velho paço gótico dos Duques de Coimbra D.Jorge de Lencastre e D. Brites de Vilhena, aquele filho natural do rei D: João II e mestre da Ordem de Santiago, e esta senhora, filha de D. Álvaro de Bragança e de D. Filipa de Melo, ascendentes dos Duques de Cadaval. 

ESPANCA, Túlio, Évora - Arte e história, Évora, Câmara Municipal de Évora, 1980, p.p. 24-26.