quinta-feira, 31 de julho de 2008

JÚLIA CÔTA

Tendo nascido em Barcelos, o nome Júlia Côta é uma referência na arte da cerâmica de figurado na região Minho.

Filha da famosa ceramista Rosa Côta e neta de Domingos Côta (o pai do galo de Barcelos), Júlia Côta entrou cedo nesta arte, tornando-se responsável pela criação de figuras religiosas, animais, retratos que são reinterpretados numa mistura do respeito e imaginário, ou em representação de cenas do trabalho e do jogo da vida rural. Citado de: http://www.juliacota.com

quarta-feira, 30 de julho de 2008

MÁSCARAS

Todos os anos, nos dias 24, 25 e 26 de Dezembro realiza-se no concelho de Vinhais, na província de Trás-os Montes e Alto Douro, a festa dos Rapazes ou festa de Santo Estevão. Os mascarados, os rapazes solteiros da aldeia, tornam-se em figuras inigmatas, de aparência terrífica, fazendo de tudo para não serem reconhecidos.

Vestem um fato de cores garridas (amarelo e vermelho), capucho, cajoto, chocalhos presas na cintura, socos de madeira e com uma máscara de madeira de castanho. Numa mistura de figura de homem e figura de animal, muitas das máscaras têm chifres, dando-lhe um aspecto terrifico e diabólico, mas com um significado muito rico. O artesão Tozé Vale, morador em Vinhais, é o responsável pela criação destas máscaras (em exposição, no valor de 96€ a 120 €), assim como dos respectivos trajes usados na festa. Citado de: http://vinhaisnofuturo.blog.pt

terça-feira, 29 de julho de 2008

Centro de Artes Tradicionais de Évora na TVI

Hoje de manhã, o Centro de Artes Tradicionais levou até à TVI, a exposição “Redondo, um Século de Barros”. O Centro de Artes Tradicionais (CAT) levou a magia da Olaria do Redondo aos estúdios no programa na TVI, "Você na TV". Apresentado por Manuel Luís Goucha e Iva Domingues, este é um programa que privilegia a conversa e a cumplicidade com os telespectadores e o público presente em estúdio.
É da interacção com o oleiro convidado, João Mértola, que o público tomou contacto com a roda de oleiro e todo o processo de trabalhar o barro, ao vivo e em directo. A própria apresentadora Iva Domingues não resistiu a fazer uma peça na roda!
Mostrou-se algumas peças feitas na Olaria Mértola, objectos ligados ao quotidiano, que transmitem a essência da arte de trabalhar o barro.
Através deste convite, o CAT divulga a Olaria que é feita no Redondo e convida todos os interessados a visitá-la em Évora.

“Lenços dos Namorados”

Ao longo dos 150 anos da história dos “Lenços dos Namorados” que sempre existiu uma comercialização desses bordados, porque nem todas as raparigas em idade de casar sabiam bordar… e esta era uma forma de comunicar afecto entre duas pessoas, fora do quadro do “namoro”. Já houve lenços com funções similares em todo o país, e até noutras regiões europeias, mas é no Minho que conseguiram alcançar mais visibilidade e que se deu a sua revitalização.
Este lenço pequeno, é da autoria da Aliança Artesanal, localizada em Vila Verde, assim como os restantes em exposição e custa 45 €. Citado de: “Os Lenços de Namorados: frentes e versos de um produto artesanal no tempo da sua certificação”

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Centro de Artes Tradicionais divulgado na televisão portuguesa

Amanhã de manhã na TVI, irá estar em directo um representante da Região de Turismo de Évora na Comissão Instaladora para a Área Regional de Turismo do Alentejo, Dr. José Santos no programa “Você na TV”. A acompanhá-lo, irá o mestre oleiro do Redondo, João Mértola, nascido em 1930, que mostrará a sua arte ao vivo a todos os telespectadores. Na companhia de Manuel Luís Goucha e Iva Domingues, fique a saber mais sobre a nossa exposição temporária “Redondo – um Século de Barros” e as actividades que o Centro de Artes Tradicionais tem vindo a desenvolver.
Não perca mais esta oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor o artesanato do distrito de Évora. Entraremos no ar por volta das 10.15 horas!

domingo, 27 de julho de 2008

CARLOS BARAÇA

A família “Baraça” é a prova viva da passagem de saberes e identidades na arte de trabalhar o barro. A tradição foi encetada por Ana “Baraça” no início do século passado e continuada, primeiro, pelo filho Fernando “Baraça” e, agora, pelos netos Carlos (autor das peças em exposição), Victor e Moisés “Baraça”. Com uma identidade muito própria, o figurado dos “Baraças” pauta-se pelo simbolismo, pela magia e pela expressão artística das peças, características às quais se aliam as cores coloridas e atractivas que atestam a vivacidade deste tipo de artesanato.
Os Baraças são uma das famílias de barristas mais tradicionais do concelho de Barcelos, constituindo- se como referencial da arte popular em Portugal. As suas peças estão ligadas ao mundo rural, à agricultura e à pecuária: os carros de bois, os camponeses, os arados, as juntas de bois, assim os coretos (o da imagem vale 70€) e as bandas de música.
Citado de: http://www.barcelos-popular.pt

sábado, 26 de julho de 2008

Hoje é Dia Non-Stop no Centro de Artes Tradicionais! Devido à adesão da comunidade na semana passada, resolvemos repetir o prolongar do horário até à meia-noite!
Não perca mais esta oportunidade de vir visitar-nos, o museu à noite tem outro brilho!

JOAQUIM PAIVA

Joaquim Paiva nasceu a 6 de Agosto de 1930, em Lapas, concelho de Torres Novas. Artesão auto-didacta, cria os seus primeiros bonecos em madeira, após a reforma. Entusiasmado com o resultado das suas primeiras peças - a dupla “Adão e Eva”, nunca mais parou de criar bonecos, dando-lhes um cunho “naif”.
Trabalha a ritmo lento, daí o número total de peças que criou, até hoje, ser muito reduzido, sendo muito raro encontrar uma obra sua. Cada uma delas tornou-se, por isso, um verdadeiro objecto de culto.
As peças desta exposição estão para venda, tanto a Santíssima Trindade (na imagem) como a Nossa Senhora do Ó, têm o valor de 160€.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O Centro de Artes Tradicionais celebra as noites quentes de Verão com mais um dia Non-Stop

O Centro de Artes Tradicionais vai repetir a iniciativa Non-Stop, no próximo sábado, dia 26 de Julho. Das 10.30 às 13.00 e das 14.00 às 00.00 horas estamos de portas abertas para o receber! Este dia coincide com o último dia do Auto da Festa, na Praça 1º de Maio, e é uma excelente oportunidade para atrair novos públicos, além de captar turistas que visitam a cidade de Évora. Esperamos por si! Além da nossa exposição permanente "Marcas de Identidade", pode visitar, pela "fresquinha", mais duas temporárias "Redondo - um Século de Barros" e "Objectos In(Úteis).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O que aprendemos na nossa primeira visita às Olarias do Redondo

Ontem, dia 23 de Julho, fomos visitar duas olarias do Redondo com um pequeno grupo de residentes de Évora e estudantes universitários. Para quem não pôde acompanhar esta primeira visita, fica aqui um pequeno relato do que vimos e aprendemos com os oleiros e pintoras de cerâmica das Olarias Maquenista e Jeremias: Judite Carochas, a proprietária da Olaria Maquenista estava atarefada com uma encomenda que tinha de acabar. Apesar de cansada, por na véspera ter ido entregar peças para revenda, a sua energia era visível quando dava o banho de vidrado e preparava as peças para enfornar!
E teve sempre tempo para nós: contou-nos que há 13 anos que toma conta da olaria, desde que o marido morreu. As suas filhas ajudam-na a riscar e a pintar mas não pretendem manter a olaria quando ela deixar de trabalhar, por esta vida estar muito difícil...
Conhecemos duas filhas, uma estava a riscar os pratos para a irmã e mais colegas pintarem as peças. A pintora de cerâmica contou-nos que antes ainda exportava peças, mas agora com o euro forte já não compensa.
Também tivemos a oportunidade de ver o trabalho do rodista, o senhor João, que já teve uma olaria mas agora trabalha por conta de outrem porque isto está muito mau... Estava a fazer peças na roda com barro espanhol, queixando-se de ser mais fino e difícil de trabalhar. Ali ao lado, na Olaria Jeremias, Catarina Jeremias contou-nos que esta foi das primeiras olarias do Redondo que mudou o forno a lenha para forno eléctrico, foi obrigada a isso para proteger o ambiente, pois preferia a forma primitiva de cozer as peças por ser mais barato, apesar de lhe dar mais trabalho na sua limpeza. Como estavam a desenfornar, vimos o forno entreaberto para puder arrefecer, porque se tirar logo as peças corre-se o risco de partir toda a fornada, devido ao choque térmico.

Encontrámos um rodista, o senhor Manuel Rico (no vídeo acima) que toda a manhã esteve a fazer assadeiras com barro do Redondo, com uma cor mais escura e mais espesso que o barro espanhol que vimos na primeira olaria, o que demonstra ser mais resistente. No próximo mês há mais!! Fique atento ao nosso blog, porque ainda estão previstas mais duas visitas ao Redondo, para você ficar a conhecer de perto esta arte tradicional no seu local de origem!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Maria Luísa da Conceição

Os bonecos em barro de Estremoz são uma feliz combinação entre a escultura e a pintura, seguindo a tradição das imagens de culto em madeira e cerâmica que, policromadas, estavam presentes em retábulos e oratórios desde o século XVI. Os bonecos conservam porém uma mescla de escárnio e divertimento que se pode associar com os presépios em terracota da segunda metade do século XVIII. Nas primeiras décadas do século XX, assiste-se a um capítulo importante de fixação e ênfase nos aspectos regionais, com o trabalho de recuperação do fabrico dos bonecos protagonizado pelo escultor José Maria de Sá Lemos, que convidou Mariano da Conceição - neto de Caetano Augusto da Conceição, o fundador da Olaria Alfacinha - para professor da Escola de Artes e Ofícios de Estremoz. A exposição do Mundo Português, celebrada em 1940, veio dar visibilidade ao trabalho de Mariano da Conceição e alimentar uma longa tradição familiar, que se estende até os dias de hoje.
Maria Luísa da Conceição (n.1934), filha dos mestres Mariano da Conceição e Liberdade da Conceição, desde criança esteve ligada aos bonecos. Iniciou produção própria a partir dos anos setenta do século XX.
Estas são algumas peças que pode ver, ou até comprar, em exposição até ao dia 3 de Agosto!

Citado de: ROTEIRO DOS ARTESÃOS DO DISTRITO DE ÉVORA - BONECOS DE ESTREMOZ. TRADICIONAIS E CONTEMPORÂNEOS.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Horário de Verão

O Centro de Artes Tradicionais tem o prazer de vos informar que a partir de hoje, vai estar aberto mais uma hora ao final do dia, passando a encerrar às 19 horas.
Durante os próximos dois meses este será o nosso horário: Das 10.30 às 13.00 e das 14.00 às 19.00, continuando a encerrar às Segundas-feiras.

OFICINA DA TERRA

A Oficina da Terra, atelier da cidade de Évora, é gerida pelos artesãos Tiago Cabeça (n.1970) e Magda Ventura (n.1976). Ambos aprenderam os segredos da arte do barro com os mestres Orlando Guimarães e António Velho, da Olaria Guimarães e Velho em S. Pedro do Corval, sendo o Tiago Cabeça responsável por esculpir e moldar as peças, que são finalizadas pela colega Magda Ventura, que dá-lhes vida com as suas cores. Estes artesãos receberam o reconhecimento generalizado, com a atribuição de diversos prémios, como por exemplo o 1.º Prémio Nacional de Artesanato Contemporâneo 2001-2003.
As peças da sua autoria, em primeiro plano na imagem, estão para venda na exposição "Objectos In(Úteis)".

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Monte - ACE, no seu trabalho de proximidade com as gentes alentejanas soube sempre qual o valor dessa identidade, privilegiando a sua divulgação, levando-a a conhecer novos mundos, contribuindo para a recriação da tradição, para a inovação enraizada num território, alimentando o processo criativo nascido do contacto com novos conceitos, diferentes abordagens, outras formas de estar e sentir.
Nasce assim, o seu trabalho conjunto com a ProRegiões Lda., em prol da valorização dos saberes e sabores regionais além fronteiras, e o seu empenho enquanto entidade gestora do Espaço Portugal Rural, em Lisboa, e Loja do Celeiro, em Évora, onde se encontra aquilo que de melhor, mais genuíno, mais verdadeiramente português o país tem para degustar e descobrir e onde o espaço é conceptualizado de forma dinâmica, servindo o desenvolvimento de actividades que trazem um pouco desse país perdido nas planícies e serras, ao ambiente urbano.
A Mostra de Artesanato Nacional, que decorre em Évora entre 19 de Julho e 3 de Agosto é uma dessas actividades, trazendo ao Centro de Artes Tradicionais uma representação do Figurado Português de autor, enriquecido pelo talento de artesãos de Norte a Sul de Portugal.
MONTE/ACE

domingo, 20 de julho de 2008

Fique a saber um pouco sobre as olarias que vamos visitar no dia 23 de Julho

Olaria Maquenista A mestre oleira Judite Carochas (n.1953) dirige a olaria fundada pelo marido, João Miguel Carochas e pelo seu pai António Maquenista. Realiza preferencialmente peças decorativas como terrinas, pratos, canecas, copos e chávenas.
Olaria Jeremias O mestre oleiro Prudêncio Jeremias (n.1954) herdou a olaria do pai José Jeremias, que dirige desde 1983. Produz todo o tipo de loiça decorativa: vasos, pratos, travessas, terrinas, potes e chávenas.
FOTOS: Manuel Ribeiro
Programação de visita às Olarias do Redondo:
Horário de partida de Évora: 9.00 h
Olaria Maquenista: 9h.30m
Olaria Jeremias: 11h.30m
Horário de chegada a Évora: 13.00h
Inscreva-se já! O limite de participantes são 18 pessoas e o transporte é gratuito! Vai ver que terá uma manhã bem passada junto dos nossos artesãos!

sábado, 19 de julho de 2008

Hoje é dia non-stop no Centro de Artes Tradicionais

Estando quase a celebrar 10 meses de funcionamento ao público, o Centro de Artes Tradicionais, tem o prazer de o convidar a visitar a sua exposição permanente "Marcas de Identidade" e as duas exposições temporárias "Redondo - Um Século de Barros" e "Objectos In(Úteis)", hoje, excepcionalmente, até à meia-noite!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Venha connosco visitar as olarias tradicionais do Redondo

No âmbito da exposição temporária "Redondo - Um Século de Barros", o Centro de Artes Tradicionais, em parceria com a Câmara Municipal de Redondo, está a organizar visitas às Olarias do Redondo, durante as manhãs de Verão (9.00 - 13.00 horas). A 23 de Julho pode visitar duas olarias no Redondo, a Olaria Maquenista e a Olaria Jeremias. Além de poder conviver com os artesãos, pode descobrir as várias fases do seu trabalho, ou até trabalhar o barro! O transporte (a partir de Évora) e as inscrições são gratuitas. Para inscrições e mais informações, contacte o Centro de Artes Tradicionais, até às 15 horas da véspera da visita. Inscreva-se já porque o limite máximo de participantes são 18 pessoas!
IMAGEM: Olaria Jeremias
CONTACTOS Centro de Artes Tradicionais Largo 1.º de Maio, n.º 3 - 7000-650 Évora (Junto à Capela dos Ossos) Telefone – 266 77 12 12 Fax – 266 730 450 Email – cat.celeirocomum@mail.telepac.pt

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Objectos In(Úteis)

A cultura tradicional, nas suas mais variadas e espontâneas expressões, traduz a alma de um povo, a sua pulsação. Guardar a memória dos locais, as palavras por dizer, os gestos que o artesão grava na obra, o sabor nascido no início dos tempos, que as avós transformaram na infância feliz é guardar um sentido de identidade essencial para o património comum da humanidade.
E é já no próximo sábado, dia 19 de Julho, que pode disfrutar desta exposição, num dia de horário alargado, das 9.30 às 00.00 horas!
Aproveite esse dia de Verão para conhecer as várias exposições do Centro de Artes Tradicionais: "Marcas de Identidade", "Redondo - Um Século de Barros", além da novíssima exposição "Objectos In(Úteis)"!
MONTE/ACE

EXPOSIÇÃO Objectos In(Úteis) - A partir de 19 de Julho

Os objectos, são momentos de criação do homem, são arquivos de memórias que asseguram a representação do homem pelo homem, perpetuando a sua vivência e permitindo evocar, retratar, valorizar, os afectos, os segredos e a relação do indivíduo com o mundo.
Estes objectos criados pelos nossos artesãos e que nesta exposição nos permitem viajar pelo mundo rural Português, são a narrativa de uma memória, de geografias, medos, amores, ironias e devoções. Objectos quase exclusivos e de estimação que embora não tenham utilidade, são hoje peças de paixão e de culto na criação de ambientes das casas urbanas.
MONTE/ACE

terça-feira, 15 de julho de 2008

Objectos In(Úteis) - Mostra de Artesanato Nacional

O Agrupamento Monte, sediado em Arraiolos, detém uma experiência de largos anos na dinamização do território e, em particular, na promoção e reabilitação das artes e ofícios tradicionais, procurando a genuinidade e excelência que subsiste nos territórios rurais, onde são produzidas verdadeiras obras de arte, fruto da re-invenção do quotidiano pelos artesãos locais, consagradas em artefactos de grande beleza e indiscutível qualidade.
Como corolário deste trabalho, o Monte abriu ao público a Loja do Celeiro, no interior do Centro de Artes Tradicionais, em Évora, dinamizando em simultâneo, no mesmo espaço, actividades de cariz diverso centradas, contudo, na valorização do património cultural e etnográfico português. Nesse âmbito, o Monte vai trazer a Évora, cidade Património da Humanidade, uma Mostra de Artesanato Nacional de autor. Assim, entre os dias 19 de Julho e 3 de Agosto será possível encontrar no Centro de Artes Tradicionais a Exposição/Venda intitulada "Objectos (In)Úteis", representando a arte de alguns dos melhores artesãos nacionais sob a temática do Figurado Português, contribuindo para a divulgação do património etnográfico português e sua evolução ao longo dos tempos. Para celebrar esta iniciativa e de forma a contribuir para a dinamização do centro histórico de Évora, o Centro de Artes Tradicionais estará aberto até à meia-noite no sábado, dia 19 de Julho. MONTE/ACE

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Promoção dos Artesãos do Distrito de Évora

O MONTE-ACE, em colaboração com a Aliende, promoveu entre os dias 20 e 22 de Junho, o trabalho de alguns artesãos da sua área de intervenção, através do seu trabalho ao vivo no Centro de Artes Tradicionais.
Xico Tarefa, mestre oleiro do Redondo, Conceição Gaivão, pintora de cerâmica da Azaruja, e Maria do Carmo Grilo, tecedeira do Redondo, partilharam o seu saber e arte com todos os visitantes que se interessam pelos ofícios tradicionais, as técnicas artesanais e a beleza contida na produção de artigos únicos, onde cada gesto desenha a singularidade de uma peça.
Quando o barro está pronto para ser moldado, é amassado na roda de oleiro para adquirir a forma da peça que se está a executar. A peça é tingida de branco, para conseguir uma determinada textura e ser riscada com um riscador ou farpa de rendas. Inicia-se o processo de pintura, começando sempre nos espaços que ficam com cor vermelha e a peça fica a secar naturalmente, para poder ir ao forno, a cozer durante 4 a 5 horas. Depois da primeira cozedura a peça é vidrada e decorada com pigmentos naturais, e volta a sofrer uma segunda cozedura, com a mesma duração de tempo.
Xico Tarefa O algodão é trabalhado na urdideira e o fio é introduzido no tear, designado por “teia”. É montada no órgão do tear onde se faz a “remissa” – um fio passado pelo “olhal” do “liço”. As meadas são transformadas em canelas para serem introduzidas na lançadeira do tear, que abre e cala, ao passar a lançadeira faço o desenho que pretendo. Maria do Carmo Grilo
Numa peça de barro vermelho, tingido com caulino, faço o desenho a lápis. A seguir, com o auxílio de um estilete, risco o desenho e pinto com tintas de alto fogo motivos da flora local, como cardos, espigas ou catacuzes. Conceição Gaivão

domingo, 13 de julho de 2008

A fachada do Celeiro Comum

A fachada principal, virada para sul, possui seis janelas de sacada, com molduras em granito encimadas por frontões salientes. Ao centro, um portal de granito. O portal, ladeado por pilastras almofadadas, é do estilo barroco. Decorado por conchas na parte superior e volutas nas laterais, encimadas por fogaréus, possui ao centro um frontão com um brasão em mármore da casa real portuguesa, tendo imediatamente por baixo duas lápides, também em mármore, datadas de 1777, em forma de pergaminho, e que contêm uma inscrição relativa à função do edifício "Celleiro Commum f[ei]to p[ar]a util[ida]de publica". 

Citado de “Um Gabinete, um Museu, um Centro de Artes Tradicionais no distrito de Évora”, tese de mestrado em museologia de Hortense Isabel Santos.

sábado, 12 de julho de 2008

ÁREA DIGITAL

A entrevista publicada ontem no nosso blog pode ser consultada numa área digital, disponível a todos os visitantes. Neste local, pode consultar a base de dados dos artesãos do distrito de Évora, resultado de um recenseamento a 480 pessoas em 2002, visualizar 19 pequenos spots "Como se faz..." determinadas peças (uma bota, um chocalho, um prato, um boneco de Estremoz, etc.) e consultar o inventário informático do espólio do Centro de Artes Tradicionais.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MESTRE VELHINHO António Velhinho (n. 1936)

No meu tempo, quando era criança, todos queriam ser oleiros. Era um ofício, não podíamos escolher. Hoje os rapazes têm muitas facilidades. Tenho um filho que não quis ficar na olaria. Eles não querem nem estão vocacionados para aprender o ofício. Comecei aos 11 anos. Sou filho de um sapateiro que posteriormente se dedicou a vender loiça, estou cá há 55 anos. A diversidade é tão grande, as matérias são diferentes, o equipamento... Todos os dias estou a aprender e a ser enganado. Eu faço a recolha do barro no campo. Primeiro retiro a parte da superfície – a cabeçada. Faço um barreiro com cerca de 30 a 50 cm de profundidade. O barro é colocado num tino, adiciona-se água e é mexido com um falheiro. Obtém-se uma pasta com determinada consistência que é passada para dentro de um tanque. Este tanque, para não colar o barro ao fundo, leva uma cobertura de cinza e fica em repouso. No Verão, são cerca de 6 dias enquanto que no Inverno pode ir até aos 20 dias. Quando o barro está consistente é recolhido e guardado para se fabricar no Inverno. Temos grande carência de “rodistas” em São Pedro. Sou o único a fazer alguidares para a matança do porco. O trabalho do forno é muito difícil. A maioria dos oleiros não utiliza os fornos a lenha. Mais cedo ou mais tarde ninguém faz um pote, uma bilha, um alguidar... Isto é muito duro, nunca tive férias na vida. Hoje qualquer pessoa pode vidrar ou cozer loiça. São os oleiros do futuro. Oleiro é o que faz todo o processo – desde a recolha do barro até ao acabamento final. Fotografia: Paulo Nuno Silva Entrevista feita ao oleiro de São Pedro do Corval, em 2002.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

ALGUMAS OPINIÕES DOS NOSSOS VISITANTES

Os meus sinceros parabéns pela iniciativa, bom gosto, persistência em lutar por um património que é de todos e que merece ser preservado e mostrado! Um espaço com muito bom gosto. Gisela Casquinha 20-09-2007 Ce musée est une très belle réalisation. Félicitations! 21-9-07 [assinatura ilegível] Belgique Gostei muito da exposição, pois está bem organizada, e mostra a tradição alentejana do artesanato. Por fim, até que enfim abriram este espaço para eventos culturais e exposições no antigo Celeiro Comum de Évora. Inácio Nunes, Évora 29-09-2007 Well worth seeing the exhibition. Very interesting. Pauline da Silva, Australia. Parabéns pelo núcleo museológico e pela frescura e autenticidade da nossa arte popular. Alice Elfriede Nezeth 6 de Outubro de 2007 A wonderful exhibition, and the staff was most helpful. Cora x John Tngunan, Israel Quero apenas deixar presente o meu agrado pela exposição que aqui é apresentada de inestimável valor cultural, científico e sobretudo social. Os meus sinceros parabéns. João Torres Buquete 11-10-2007 Que exposição interessante! Espero que estejam cá mais tempo, por favor. Eu Catarina adorei a exposição! Parabéns por o vosso trabalho! Catarina Ramos da Silva 5º Évora 17-10-2007 A exposição é muito enriquecedora, pois podemos descobri e aprender como se faz as coisas. Parabéns a todos que se empenharam para obter o trabalho! [assinatura ilegível] 7-10-2007 Nous avons eu le plaisir d´être parmi les premiers à visiter ce très beau musée d`artisanat, qui associe de très nombreuses téchniques de travail à beaucoup d´humour et permet de perpétuer et démontrer le talent des artisants. Merci pour un accueil chaleurex. P x MP Boncoeur, Limoges – France An informative collection of traditional arts/ crafts – thoroughly enjoyed. Display & specific information education & altruttive (sic), thank you Peter & Emma Davie/ Yorkshire, England – 17-01-2008 Que bom poder revisitar muitos dos objectos que povoaram a minha infância e poder deixar tudo isto para as gerações vindouras. Venham mais ideias destas. Parabéns! Deolinda Pires O espaço é maravilhoso e para o turista fica bem localizado. O artesanato é rico e interessante. Parabéns!! Zelita Cruz – João Pessoa, Paraíba – Brasil – 14-03-2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

VISITANTES DO CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS GANHAM PRÉMIOS

No dia 13 de Outubro, o Centro de Artes Tradicionais recebeu o visitante 1000, que tinha uma surpresa à sua espera: um voucher com direito a estadia no Évorahotel. Os premiados António Silva e Maria Filomena Alves, residentes em Sintra, foram contemplados com uma noite de alojamento em quarto duplo, com pequeno-almoço bufftet incluído, até Outubro de 2008.
Para comemorar a entrada do visitante 2000, a Região de Turismo de Évora e o Hotel da Cartuxa ofereceu a 11 de Novembro um voucher com direito a estadia nesta unidade de quatro estrelas em Évora ao casal Hamilton e Inácia Costa, de Lisboa.

A 16 de Dezembro o Centro de Artes Tradicionais atingiu o número 3000! Desta vez foi o casal Catarina Santos Ros e Emanuel Mira, residentes em Algés, os felizardos a ganhar uma noite de alojamento numa unidade hoteleira da cidade de Évora - o Hotel D. Fernando.
Em 2008, continuamos a surpreender os nossos visitantes, como foi o caso do casal André Silva e Diana Filipe, de Vila Franca de Xira, que ao visitarem o Centro de Artes Tradicionais a 14 de Fevereiro tornaram-se no visitante 4000, recebendo duas entradas para assistir à peça "A Estrela" no Politeama, onde se aborda a Barrística de Estremoz.
A 21 de Março, na Sexta-feira Santa, recebemos o visitante 5000 – o casal Vítor e Maria José Martins, de Lisboa que vão poder usufruir de uma noite de alojamento no Hotel Convento de S. Paulo, no Redondo.
No dia 24 de Abril, e em parceria com a Albergaria Solar de Monfalim, pudemos surpreender uma imigrante portuguesa, residente em Paris, Meirim Agostina, com uma estadia nesta unidade hoteleira de Évora ao ser o nosso visitante 6000.
O visitante 7000 conheceu o nosso espaço a 24 de Maio, Cristina Romão, uma estudante universitária a residir em Évora, recebeu como prémio uma noite de alojamento numa unidade hoteleira local - a Albergaria do Calvário.
O visitante 8000, número que se atingiu a 26 de Junho, teve como oferta uma noite de alojamento na Albergaria Vitória, em Évora, oferta recebida por Ana Luísa Macedo, de Vila Nova de Gaia.
E o próximo voucher que temos para oferecer ao visitante 9000 é uma estadia no Hotel Ibis, em Évora! Estando previsto entregá-lo ainda este mês!!
Como vê, vários são os motivos para visitar o Centro de Artes Tradicionais! Ao ficar a conhecer o artesanato da região pode ser surpreendido a qualquer momento… com prémios inesperados!

terça-feira, 8 de julho de 2008

LOJA DO CELEIRO

Desde o dia 15 de Novembro que os nossos visitantes podem usufruir do espaço da Loja do Celeiro, uma loja de comércio justo, onde podem encontrar alguns produtos gourmet e peças do genuíno artesanato regional.
Na Loja do Celeiro pode adquirir peças semelhantes às existentes em exposição no Centro de Artes Tradicionais: bonecos de Estremoz, olaria do Redondo, Évora e São Pedro do Corval, mantas de tecelagem manual de Reguengos de Monsaraz, cerâmica contemporânea, artefactos diversos em cortiça, cabaças decoradas ou trapologia . Quem prefere degustar os sabores da região, pode deliciar-se com chocolates artesanais, vinhos de Estremoz, mel e bolos típicos de Arraiolos ou azeitonas biológicas de Montemor-o-Novo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

EXPOSIÇÃO PERMANENTE "MARCAS DE IDENTIDADE"

A exposição permanente do Celeiro Comum, designada “Marcas de Identidade”, apresenta, a partir das colecções do Antigo Museu do Artesanato, as mais importantes manifestações artísticas do Distrito de Évora. Num magnífico edifício que proporciona um excelente espaço de exposição, as peças contam a história da transformação da Arte Popular em identidade regional e dos artesãos em defesa da tradição, ao mesmo tempo em que se nota a evolução estilística, técnica e material, muitas vezes influenciada pela arte moderna e pelas radicais transformações da sociedade no século XX.
Possuímos vários núcleos expositivos organizados em função das matérias-primas utilizadas e da expressão cultural localmente criada, como “Decoração de Festas de Rua”, “Esgrafitados”, “Móveis de Évora”, “Móveis de Évora (Miniaturas)”, “Estanhos de Vila Viçosa”, “Tapetes Bordados de Arraiolos”, “Mantas de Reguengos de Monsaraz”, “Cestaria e Tapetes”, “Chocalhos”, “Olaria de Estremoz”, “Olaria de Redondo”, “Olaria de São Pedro do Corval”, “Olaria de Viana do Alentejo”, “Doçaria do Alentejo”, “Arte Pastoril” e “Esculturas de Cortiça”.

domingo, 6 de julho de 2008

Recuando a 1962

Interior do Celeiro Comum, Maio de 1962. (Origem: Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora, Autor David de Freitas)
Em 1962 a Junta Distrital concebeu uma exposição, no Celeiro Comum, com peças de artesanato recolhidas em todo o distrito de Évora, por uma equipa liderada pelo Dr. Armando Perdigão. A exposição foi inaugurada a 24 de Junho de 1962 pelo Dr. José Félix Mira, o Governador Civil de Évora e pelos Presidentes da Câmara Municipal de Évora, da Junta Distrital de Évora, da Comissão Municipal de Turismo e do Grupo Pró-Évora.
Citado de “Um Gabinete, um Museu, um Centro de Artes Tradicionais no distrito de Évora”

sábado, 5 de julho de 2008

Celeiro Comum de Évora

O “Real Celeiro Comum do Monte da Piedade”, edificado na Praça 1º de Maio, foi construído por cima das ruínas de um palácio quinhentista, que pertencera a D. Jorge de Lencastre (Duque de Coimbra e filho natural de D. João II) no último quartel do século XVIII.
A criação em Évora do primeiro Celeiro Comum existente em Portugal dotou a cidade de uma instituição que permitia armazenar o excesso da produção cerealífera da região, impedindo a especulação de preços e disciplinando a distribuição dos cereais.
Instituído pelo rei D. Sebastião por alvará de 20 de Julho de 1576, funcionou provisoriamente no Quartel dos Dragões de Évora e no Palácio D. Manuel, enquanto não se transferiu para lugar definitivo, conforme decisão de D. João V, em 1736.

Interior do Celeiro Comum, em 2004

Projectado pelo mestre pedreiro João Baptista, a construção do Celeiro Comum teve início em 1773 e foi concluída em 1780. Esta infra-estrutura é constituída pelo depósito de trigo (espaço de instalação do Centro de Artes Tradicionais/ Antigo Museu do Artesanato), pelas salas de sessões, sala vaga, cartório e moradia do tesoureiro.

O depósito de trigo, a maior divisão de todas, é uma sala de planta rectangular com 30,10 m de comprimento por 21, 60 m de largura, que possui um pé direito de 6,25 m de altura e tem 12 pilares de granito em que assentam as abóbadas em ogiva.

Citado de "Um Gabinete, um Museu, um Centro de Artes Tradicionais no distrito de Évora"

sexta-feira, 4 de julho de 2008

REDONDO - UM SÉCULO DE BARROS

Esta exposição de cerâmica polícroma reúne um acervo excepcional de artefactos de barro produzidos na vila do Redondo, entre o fim do século XIX e o século XX, na sua grande maioria pertencentes à colecção do Dr. Carmelo Aires. É fruto de um projecto de vida de quem ama a gente da sua terra e se apaixonou, há muito, pelas cerâmicas portuguesas, não só pela primazia da sua expressão única e particular, mas também pelo seu sentido social e cultural.
Como contributo para uma história da cerâmica do Redondo, este conjunto assume um papel fundamental, documentando um tipo particular de decoração em barro que, sendo memória do passado, está ainda presente na localidade. O núcleo principal desta importante colecção de cerâmicas polícromas é constituído por louça vidrada, de serviço comum, envolvida num banho total ou parcial de uma argila branca leitosa, esgrafitada, e pintada com óxidos metálicos, nas cores amarelo, verde e uma argila de matiz vermelho ferroso, em composições de uma ingénua expressão figurativa, por vezes, com inscrições. Podemos considerar estas cerâmicas polícromas como um tipo de arcaicas faianças falantes.
É também importante referir que, nesta colecção, estão presentes dois tipos distintos de cerâmicas. Um tipo, de paredes finas e acabamento requintado onde, ao repertório da olaria local se juntam formas e pormenores directamente influenciados pelas finas faianças ou porcelanas de concepção mais erudita, por vezes ao gosto internacional. E um outro tipo, mais popular, de paredes mais grossas, mas também de acabamento cuidado, directamente realizado sobre as formas da louça que tradicionalmente constituem o repertório local, usado no quotidiano rural, onde os elementos decorativos assumem uma expressão de identidade muito particular.
Citado do catálogo "Redondo - um século de Barros", 2008.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Defumadores

Datadas do século XIX e de finais do século XX, estas duas peças da exposição temporária "Redondo - um Século de Barros" apresentam tipologias diferentes.
Os defumadores, à direita na fotografia, serviam para queimar alguns materiais aromáticos como vegetais, folhas, flores ou raízes, começando a cair em desuso nos finais do 1.º quartel do século XX.
Eram normalmente vidrados no exterior sobre engobe de tinta branca e decorados com tinta de óxido. Podia ou não ser fechado, e caso fosse a tampa dispunha de orifícios no bojo.
Citado do Catálogo REDONDO, UM SÉCULO DE BARROS, 2008.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

CENTRO DE ARTES TRADICIONAIS EXPÕE OLARIA DO REDONDO

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA PROMOVIDA PELA REGIÃO DE TURISMO DE ÉVORA ESTARÁ PATENTE ATÉ AO DIA 23 DE NOVEMBRO
No dia 25 de Junho, pelas 18 horas, foi inaugurado no Centro de Artes Tradicionais/ Antigo Museu do Artesanato, a exposição temporária “Redondo – um Século de Barros. Formas e Usos da Cerâmica Polícroma do Redondo”. A sessão contou com a presença de 60 pessoas, que assistiram à visita guiada pelo Dr. Carmelo Aires. Organizada em colaboração com a Câmara Municipal do Redondo, esta exposição reúne cerca de 70 peças, na sua maioria pertencentes ao coleccionador António Carmelo Aires. Objectos de outro coleccionador, António Charrua Faustino e dos actuais oleiros da vila do Redondo, são o exemplo de uma evolução na arte da decoração polícrome ao longo de um século, desde os finais do século XIX até os nossos dias. Até dia 23 de Novembro, data em que a exposição “Redondo – um Século de Barros” está patente ao público, o Centro de Artes Tradicionais tem para oferecer várias actividades, que vão desde a organização de visitas às olarias do Redondo, demonstrações de arte ao vivo e conferências temáticas.

Breve história do Museu do Artesanato

A partir do Estado Novo promoveu-se fortemente uma salvaguarda, preservação e valorização do património artesanal português, muitas das iniciativas ligadas a estas formas de expressão da cultura portuguesa foram incentivadas por António Ferro, Director do Secretariado de Propaganda Nacional. O próprio Museu de Arte Popular, em Lisboa, serviu de matriz a iniciativas do género a nível distrital, desencadeadas pelas Juntas Distritais, entidades que receberam competências durante o regime para o auxiliar na promoção do artesanato e seu desenvolvimento, e o surgimento do Gabinete de Artesanato Regional do Distrito de Évora (G.A.R.D.E.), primeira designação dada ao actual Museu, que apenas em 1980 passou assim a ser chamado, e que viria a encerrar em 1991.
Em 1998 dá-se a transferência do espólio do antigo Museu do Artesanato para o agora chamado Centro de Artes Tradicionais, que fica a cargo da Região de Turismo de Évora, única entidade que pretendia ocupar o espaço com a sua função original - exposição de artesanato, tendo sido por isso mandatada pela Assembleia Distrital de Évora, detentora do espólio, para uma árdua tarefa que com orgulho se conseguiu concretizar a 20 de Setembro de 2007 - reabrir um núcleo museológico e oferecer um novo espaço de animação cultural para a cidade de Évora, sua comunidade e artesãos do distrito de Évora.
Museu do Artesanato, 1997

Citado de “Um Gabinete, um Museu, um Centro de Artes Tradicionais no distrito de Évora”