sábado, 5 de julho de 2008

Celeiro Comum de Évora

O “Real Celeiro Comum do Monte da Piedade”, edificado na Praça 1º de Maio, foi construído por cima das ruínas de um palácio quinhentista, que pertencera a D. Jorge de Lencastre (Duque de Coimbra e filho natural de D. João II) no último quartel do século XVIII.
A criação em Évora do primeiro Celeiro Comum existente em Portugal dotou a cidade de uma instituição que permitia armazenar o excesso da produção cerealífera da região, impedindo a especulação de preços e disciplinando a distribuição dos cereais.
Instituído pelo rei D. Sebastião por alvará de 20 de Julho de 1576, funcionou provisoriamente no Quartel dos Dragões de Évora e no Palácio D. Manuel, enquanto não se transferiu para lugar definitivo, conforme decisão de D. João V, em 1736.

Interior do Celeiro Comum, em 2004

Projectado pelo mestre pedreiro João Baptista, a construção do Celeiro Comum teve início em 1773 e foi concluída em 1780. Esta infra-estrutura é constituída pelo depósito de trigo (espaço de instalação do Centro de Artes Tradicionais/ Antigo Museu do Artesanato), pelas salas de sessões, sala vaga, cartório e moradia do tesoureiro.

O depósito de trigo, a maior divisão de todas, é uma sala de planta rectangular com 30,10 m de comprimento por 21, 60 m de largura, que possui um pé direito de 6,25 m de altura e tem 12 pilares de granito em que assentam as abóbadas em ogiva.

Citado de "Um Gabinete, um Museu, um Centro de Artes Tradicionais no distrito de Évora"

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