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Continuando a reportar o que aprendemos na nossa primeira visita, que decorreu a 27 de Março, fica aqui mais um pequeno resumo das características arquitectónicas do Celeiro Comum, segundo o historiador Dr. Manuel Branco:
O Celeiro Comum, de arquitectura civil e utilitária tem uma mensagem do exterior de aparato.
No entanto, o seu interior é muito simples. Com uma planta ortogonal, possui 4 naves com 5 tramos, para ser o mais amplo possível, de modo a se compartimentar o trigo dentro de tapumes. Para isso era utilizado o entalhe da pilastra.
A posição das janelas, muito altas, explica-se pela necessidade de arejamento. Era preciso que o ar mais quente saísse para que a temperatura de trigo fosse o mais estável possível. Desta forma se mantinha uma temperatura equilibrada no interior do edifício.
O Portal, de alto aparato tem as ferragens e portas originais, datadas do século XVIII, do final do reinado de D. José, ao estilo D. João V. A madeira possui um trabalho delicado, uma “corda” a fazer lembrar a talha das igrejas, enquanto o frontão assemelha-se a uma quina do navio virada ao contrário. A concha, elemento típico do rococó, o fogaréu, as armas de Portugal, a coroa e cruz do rei fidelíssimo são alguns dos elementos decorativos visíveis.
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